terça-feira, 30 de junho de 2009

O jornalismo pelos jovens

O jornalismo pelos jovens
Programa polo ministra oficinas de comunicação em Grão-Mogol
Sâmia Bechelane
O que é jornalismo? O que são pautas e fontes? Como fazer uma entrevista? Buscando capacitar jovens para o entendimento dessas e outras questões, a equipe do Programa Polo ministrou o primeiro módulo das oficinas de comunicação para jovens de Grão-Mogol, no Médio Jequitinhonha, norte de Minas, nos dias 20 e 21 de junho.
A intenção é capacitar jovens da cidade, que sediará este ano o 27º Festivale, para trabalharem com a equipe do Polo na assessoria de comunicação do Festival. Além dos tradicionais boletins radiofônicos e boletins impressos, ambos produzidos diariamente, a equipe de comunicação do Festivale será responsável também pelo atendimento à imprensa, manutenção do hotsite do evento, dentre outros.
Conversa
A oficina foi dividida em três momentos principais. Primeiro, a equipe apresentou aos jovens a história, objetivos e outros elementos sobre Festivale, já que a maioria nunca participou do evento. Depois, foi hora de apresentar aos participantes noções básicas de assessoria de comunicação, principalmente em eventos como o Festivale. Foram apresentados e discutidos boletins impressos e programas de rádios dos anos anteriores.
Ainda, a equipe Polo procurou construir com os jovens as noções principais da atividade jornalística. Para isso, também recorreu a produtos dos anos anteriores e exemplos cotidianos. Para exercitar a prática da entrevista, os jovens conversaram com a diretora-executiva da Federação das Entidades Culturais e Artísticas do Vale do Jequitinhonha, Ângela Freire.
Praticando
Munidos das noções básicas do processo jornalístico e divididos em grupos, os jovens ganharam as ruas de Grão-Mogol. Para o processo de apuração, foram propostas pautas sobre a história da Igreja Matriz de Santo Antônio, a Associação de Artesanato Grão-Mogolense, a Festa do Vau do Divino Espírito Santo, os atrativos naturais em Grão-Mogol e as comidas típicas da cidade.
Após o contato com diversas fontes, os grupos voltaram à sala para redigirem seus textos. As limitações das equipes não impediram produções interessantes. Na ocasião, os jovens também escolheram de quais oficinas rádio, web ou impresso- participarão no próximo módulo, que será ministrado nos dias 04 e 05 de julho. A assessoria de comunicação do 27º Festivale é uma parceria entre o Programa Polo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha e a Fecaje, organizadora do Festivale.
Fonte: www.ufmg.br/polojequitinhonha
ORIGEM DA EXPRESSÃO MINEIRA UAI
O berço da expressão popular dos minei­ros UAI.
Segundo o odontólogo Dr. Sílvio Carneiro e a professora Dorália Galesso, foi o presidente Juscelino Kubitschek que os in­centivou a lhe pesquisar a origem. Depois de exaustiva busca nos anais da Arquidiocese de Diamantina e em antigos arquivos do Es­tado de Minas Gerais, Dorália encontrou explicação provavelmente confiável.
Os Inconfidentes Mineiros, patriotas, mas considerados subversivos pela Coroa Portu­guesa, comunicavam-se através de senhas, para se protegerem da polícia lusitana. Como conspiravam em porões e sendo quase todos de origem maçônica , recebiam os compa­nheiros com as três batidas clássicas da Ma­çonaria nas portas dos esconderijos. Lá de dentro, perguntavam: quem é ? E os de fora respondiam : UAI - as iniciais de União, Amor e Independência. Só mediante o uso dessa se­nha a porta seria aberta aos visitantes.
Conjurada a revolta, sobrou a senha, que acabou virando costume entre as gentes das Alterosas. Os mineiros assumiram a simpática palavrinha e, a partir de então, a incorpora­ram ao vocabulário quotidiano, quase tão indispensável como tutu e trem.
Uai, sô!
A materia acima saiu no Jornal Correio Brasiliense
Contribuição de Alânderson Silveira Machado, berilense e morador de BH, ator e escritor.
Mulheres se reúnem e se organizam
“Quero mais que flores, chega de violência!”
Por Tania Pulier, comunicadora popular da ASA/UGT Cáritas Diocesana de Araçuaí
A violência contra a mulher é uma preocupação das entidades sociais reunidas na Articulação no Semiárido - ASA Minas, entre elas a Cáritas Diocesana de Araçuaí, no Médio Jequitinhonha, nordeste de Minas. Em seu trabalho junto às comunidades rurais do Vale do Jequitinhonha, bem como junto a grupos urbanos, as agentes escutam os desabafos das mulheres vítimas de agressão física, assédio e abuso sexual, retenção dos bens materiais, violência moral e psicológica.

Com o objetivo de articular a luta das mulheres contra a violência e pelo reconhecimento de seus direitos e dignidade, foi formado, em maio, o Grupo de Trabalho de mulheres do Vale do Jequitinhonha. O grupo é composto por nove representantes das três microrregiões – Baixo, Médio e Alto Jequitinhonha.
É atribuição do Grupo de Trabalho - GT fazer a discussão de gênero – relações igualitárias entre homens e mulheres – com as bases, as comunidades rurais principalmente, e a partir daí propor ações, projetos e reivindicar políticas públicas adequadas às mulheres, além do cumprimento das leis já existentes.
É o caso da Lei Maria da Penha, em vigor desde setembro de 2006, que possibilitou que agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada. “Para mim é importante saber que eu vou continuar junto com o grupo aqui do Vale, desenvolvendo aquilo que a gente procura melhorar, que é a condição de vida da mulher”, afirma Maria Aparecida Alves, do Assentamento Franco Duarte, em Jequitinhonha, uma das integrantes do GT.
A criação do GT foi fruto do I Encontro de Mulheres do Vale do Jequitinhonha, promovido pela Cáritas e entidades parceiras, que reuniu 40 mulheres de vários municípios do Vale do Jequitinhonha, nos dias 11 e 12 de maio, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Araçuaí, para discutir a violência sexista.
O lema “Quero mais que flores; chega de violência!” inspirou as partilhas e reflexões, orientadas pela militante da Marcha Mundial das Mulheres, Débora del Guerra.
“Corpo objeto, humilhação, corpo marcado por agressão física, psicológica e moral, medo de agir e ser discriminada, medo da morte, rosto triste, abandono dos companheiros, sexo forçado, xingamentos, submissão, assassinato de mulheres, piadas machistas, estupro, liderança que violenta a mulher, ciúme que leva até ao cárcere privado, estupro dentro do casamento, coração machucado, escravizada, abuso sexual, entrega ao álcool, impunidade, guerra, dúvida – palavra do homem tem mais valor, não deixar participar do trabalho voluntário, repressão sexual”: todas essas foram palavras chave apresentadas pelos grupos de partilha a partir dos relatos de situações vivenciadas pelas participantes. A partir desses relatos, foi realizado um debate sobre as várias causas da violência contra a mulher.
Organização das mulheres
Para Débora del Guerra, a base da violência sexista é a desigualdade.

“A estrutura da sociedade, o fato dos homens terem mais poder na sociedade do que as mulheres, deles dominarem e serem educados para isso, cria uma situação permissiva para a violência contra a mulher”, afirma.
Esse poder tem toda relação com a propriedade privada no sistema capitalista.
A assessora acredita que a opressão contra a mulher nesse sistema tem base material. É preciso, portanto, mudar a estrutura social para mudar a vida das mulheres, mas também mudar a vida das mulheres para mudar a estrutura social.
Ela acredita, assim, que ações que libertem as mulheres e criem solidariedade entre elas, como a criação de grupos de formação e cooperativas podem contribuir para uma transformação social que beneficiaria não apenas as mulheres, mas também os próprios homens.
Paradoxo do Nosso Tempo George Carlin
Nós falamos demais, amamos raramente,
odiamos freqüentemente.
Nós bebemos demais, gastamos sem critérios.
Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais.
Perdemos tempo demais em relações virtuais e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver.
Adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma.
Dominamos o átomo, mas não nosso preconceito.
Escrevemos mais, mas aprendemos menos;
planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;
do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis,
das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre.
Lembre-se em dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame. Um beijo e um abraço curam a dor,
quando vêm de lá de dentro. Por isso, valorize sua família, seus amores, seus amigos, a pessoa que o ama, e, aquelas que estão sempre ao seu lado."
Colaboração: Alânderson Silveira Machado, berilense, mora em BH, há 30 anos, escritor e ator.
Garota do Jequitinhonha é top em motocross
A "Garota Motocross", Tauane Shaisly Fernandes, é a grande revelação da categoria intermediária no estado de Minas Gerais e Bahia. Depois de passar pelas categorias de base do motocross, ela chega com uma força muito grande nas categorias intermediária e MX3.
Seu último feito aconteceu na cidade de Felixlândia, região de Curvelo, na abertura da Copa Oeste Retimac de Motocross, dia 31 maio, pilotando uma YZF 250. Ela venceu de forma fantástica a categoria Intermediária.
Depois de largar na penúltima posição, ela começou a atacar seus adversários, e, quando menos se esperava, ela já brigava pela ponta com o apoio do excelente público que compareceu. Ela cresceu mais ainda na competição, onde rapidinho, para delírio da galera, assumiu a primeira posição.
A menininha do motocross
Tauane é conhecida nas rodas dos motociclistas do Vale do Jequitinhonha, norte de Minas, Mucuri e região de Curvelo, como a menininha do motocross. Foi sempre incentivada pelo seu pai, Bodão, empresário de Itamarandiba, no Alto Jequitinhonha, no nordeste de Minas.

Esta mineira de 16 anos fez sua primeira corrida com uma ACTION 50cc na cidade de Sebastião das Laranjeiras-BA. Gostou tanto, que nunca mais parou de andar.
- Ando de moto desde os 5 anos, sempre acompanhada de meus pais, Bodão e Sílvia, e quando possível, de minha irmã Luana. Freqüento academia para melhorar meu condicionamento físico, já que não faço uma dieta especial própria para o motocross - afirma. Nas corridas, meu pai, ao contrário dos outros, sempre dá sinal para eu diminuir a velocidade e minha mãe reza. Minha moto e a blusa dela ficam cheia de medalhinhas para me dar proteção. As maiores dificuldades são a distância onde moro das competições e o alto custo deste esporte. No meu caso, meu pai é o único patrocinado. Agradeço a Deus pela proteção e à minha família, que sempre me incentivou a acreditar nos meus sonhos e não desistir com os obstáculos - diz Tauane.

Sempre campeã
A piloto treina 4 vezes por semana, baterias de 30 a 50 minutos. Apesar da pouca idade, Tauane já coleciona títulos como: Campeã Mirim Copa Minas x Bahia, Campeã da Copa Oeste, Campeã da Copa Pimonte, Campeã Mineira 85cc, e em 2008, Campeã da Copa Brasil de Supercross, categoria Intermediária. Tauane tem o patrocínio de Bodão Racing, anda de YZF 250 e CRF 230cc.
Fica aqui nossa torcida, para que ela possa estar brigando pelas primeiras posições, alcançando sempre o topo do podium.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

PARA O POVO DE BERILO
REFLETIR
A inteligência e a esperteza?
Quem é ou foi o inteligente?
Quem é ou foi o esperto?
O poder de seduzir contra o poder de persuadir?

Quem é ou foi líder?
Onde estão seus verdadeiros herdeiros?
Existem herdeiros? Qual será a herança?
Dois homens, dois inimigos políticos!
Duas faces de uma mesma moeda!
Simplesmente reflexos distorcidos.
Nunca houve inteligência!

Nunca houve liderança!
Nessa história não haverá herdeiros, pois sempre fomos órfãos de líderes políticos!
O que existe e sempre existiu foram dominadores e dominados.
Berilo precisa deixar de lado A e lado B!

Precisa encontrar o seu verdadeiro caminho, ou ficará naquilo que pensa ser o meio de caminho algum...!

Roberto Amaral Barbosa – Junho/2009.

27° Festivale
Festival de Cultura
Popular do Vale do
Jequitinhonha

Berilo de múltiplas cores




Berilo de múltiplas cores
Com quais cores eu vejo minha cidade?
Berilo tem tantas cores...


Poderia querer o azul das águas marinhas,
das águas do rio Araçuaí, da introversão do povo,
do céu límpido invadido pelas nuvens brancas da paz.
Seria esta cor da harmonia, da confidência, da austeridade,
do conservadorismo.


Poderia desejar o amarelo dos idealistas, dos intelectuais,
do humanitário, do relacionamento com pessoas de todos os lugares.
Com certeza, do gosto pelo dinheiro.
Desejaria o amarelo da alegria e da felicidade.


Por que não o verde das esmeraldas, da compreensão,
de visão universal, tolerante, fadado a compreender todo mundo?


Com certeza não será o vermelho de tipo extrovertido.
Mas, pode preferi-la por ser de ação, de paixão, de luta, de força. 

Teria coragem também?

Não usaria cores fortes em contrastes com o preto. 
Seria dramático.
Berilo de cor preta com tonalidades bem escuras seria o empreendedor. 

Só aceitaria a cor clara em algum detalhe, 
no punho ou gola da camisa, no cinto ou sapato.
Ou nos dentes do povo negro que habitou e povoou esta terra.

O preto do poder, da formalidade, do medo.Será esta cor predominante na vida do povo?
Na cor da pele, na força da raça, sim.

O rosa da morganita, pedra preciosa. 
Mostra sensualidade, dos sentimentos de amor e compaixão, 
de insegurança, de isolamento. 
Tem tantas morganitas na superfície desta terra.

São tantas as cores vistas, sentidas e vivenciadas 
na vida de todo o povo deste lugar, do meu lugar.

Berilo, minha terra de múltiplas cores.






Ação Jovem de Araçuaí quer ajudar Hospital
Um grupo de estudantes da Escola Industrial São José, de Araçuaí, nordeste de Minas, está organizando um Programa Ação Jovem Solidário. Sua ação se dá no sentido de contribuir para o funcionamento do Hospital de Araçuaí. Nesta sexta-feira, dia 26 de junho, de manhã, foi organizado um abraço no Hospital como uma forma de chamar a atenção de todas as pessoas da cidade e da região para a situação da unidade de saúde.
Segundo Larissa Medeiros, uma das coordenadoras do Movimento, de 17 anos, há um descaso da sociedade para a situação da saúde na cidade, principalmente em relação ao Hospital. Gente que poderia ajudar, que tem condições financeiras, materiais e humanas, mas nada fazem, ficam de braços cruzados.
Juntaram-se uns jovens, visitaram o Hospital, conheceram o trabalho sério de profissionais, a nova estrutura de novos leitos, assim como novas unidades de tratamento especializados. Ficaram preocupados com a situação dos pacientes. Tiveram informações que a manutenção depende de R$ 40 mil por mês. Este recurso era repassado pela Prefeitura Municipal de Araçuaí que suspendeu o contrato, desde abril de 2009, tornando-se insustentável.
Neste sábado, dia 27, os jovens fizeram um blitz no Mercado Municipal, distribuindo panfletos, recebendo doações, fazendo cadastro de doadores permanentes. Durante a semana, até o dia 3 de julho, serão feitas ações nos comércios e visitas às casas para receber doações e fazer cadastros.
Durante toda a semana, haverá uma barraca na porta da Escola Industrial São José, como referência do movimento.
Larissa acredita que há muitas pessoas de bem que deixam de contribuir até mesmo por desinformação da situação do Hospital. Ela faz as contas e diz que se cada habitante de Araçuaí der R$ 1 por mês, o Hospital terá condições de funcionar normalmente. E isto é possível, conclui, entusiasmada.



domingo, 28 de junho de 2009

Michael Jackson X Elvis Presley
Genialidade, dança, estilo próprio, música, Lisa Mary, mito, sensualidade, solidão, fortuna, consumismo, sucesso, “amigos”, desfiguração, depressão, carisma, polêmica, médico, pílulas, saudade, recordes, tragédias, IMORTAIS.
Dizem que Michael, fã incondicional de Elvis, casou-se com Lisa Mary para ter um pedaço do Rei do Rock.
Já imaginou se tivessem tido um filho?
Seria o encontro dos DNA’s do Rei do Rock com Rei do Pop.
Saudades dos Reis!

Roberto Amaral Barbosa– Junho/2009

CAUSOS: Zé Viana e a mula velhaca

CAUSOS DE BERILO
Zé Viana e a mula velhaca
Um nome muito conhecido em Berilo, o Sr. Zé Viana era um homem muito religioso, rezador de terço, famoso por nunca ter se casado. Homem trabalhador e figura folclórica de Berilo.
Certa vez, alguém comentou com Zé Viana que tinha uma mula muito velhaca, que daria vinte mil réis para quem pegasse esta mula na manga. Zé Viana aceitou o desafio. No dia seguinte, levantou bem cedinho e foi ao mangueiro onde se encontrava a velhaca. No decorrer do caminho, foi fazendo promessas a Nossa Senhora dos Pobres, que se conseguisse pegar a mula, colocaria cinco mil réis aos seus pés na capelinha da santa.
Ao raiar do sol, encontrou com a mula cochilando no pasto coberto de orvalho. Zé Viana, meio sorrateiro, dando uma de esperto e caminhando nas pontas dos pés para não acordar a mula, chegou devagarzinho, por detrás da mula lançou o lato de cabresto em seu pescoço.
Pensando que já havia cumprido com seu desafio e que teria sido muito fácil, falou:

- “Não vou dar Nossa Senhora é nada, foi muito fácil!”
Quando acabou de fechar a boca, parece que por castigo, a mula acordou e em um rapa lançou os dois pés pra trás, soltando flatulências.
Zé Viana então, percebendo que havia falado besteira falou:
- Puxa vida, mas Nossa Senhora é murfina, nem conhece brincadeira!

Roberto Amaral Barbosa
Berilo, Junho de 2009.
Jequitinhonha é ponto estratégico de tráfico de animais silvestres
O combate ao tráfico de animais silvestres em Minas Gerais está enfraquecido. Pesquisa apresentada, no dia 04 de junho, pela Associação Mineira de Defesa do Ambiente -Amda, aponta o Estado como a segunda rota do comércio ilegal no país, atrás apenas da região amazônica.
Sem estrutura suficiente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -Ibama enfrenta dificuldades para expedir multas e punir os criminosos.
Rio-Bahia é principal rota
A BR–116, conhecida como Rio-Bahia, concentra 56% do fluxo ilegal das espécies, sendo
a principal rota do tráfico de animais silvestres em Minas, seguida da BR–381, com 10% do total. Cerca de 70% do transporte é feito por pequenos e médios traficantes em carros de passeio, ônibus e caminhões, onde os animais são submetidos a condições degradantes que fazem com que 90% deles não resistam e morram durante o percurso.
De acordo com o estudo, as cidades do Vale do Jequitinhonha são pontos estratégicos para distribuição dos animais para outros Estados. A campeã é Itaobim com 32% das ocorrências dos 30 municípios que lideram o ranking desse tipo de crime.

sábado, 27 de junho de 2009


AS DUAS FALSAS
REDENÇÕES DO VALE
Projetos de Reflorestamento e Irapé decepcionaram o Vale
Dois grandes projetos foram apresentados pelos apologistas do progresso como redenção do Vale.
Reflorestamento, um deserto verde
Na década de 70, o eucalipto chegou querendo enriquecer reflorestadores, malandros, políticos e grileiros. Como se não houvesse registros de propriedades tudo era do Governo de Minas. Era terra devoluta. Implantou-se um projeto da maior floresta artificial do mundo em Berilo, Botumirim, Bocaiúva, Carbonita, Chapada do Norte, Cristália, Capelinha, Grão Mogol, Itacambira, Itamarandiba, Josenópolis, José Gonçalves de Minas, Leme do Prado, Minas Novas, Olhos Dágua, Padre Carvalho, Salinas, Veredinha, Virgem da Lapa, no norte e nordeste de Minas. Mais de 500 mil ha de floresta contínua. Um deserto verde.
Para garantir o apoio dos prefeitos da região eram oferecidos coquetéis, agrados, viagens de avião – coisa rara na época - para reuniões nas sedes das empresas, em São Paulo e no Rio.
As terras foram entregues para as empresas reflorestadoras como a Acesita, Manesmann, Vale do Rio Doce, Suzano, graciosamente.
Encontraram resistências de famílias que moravam nas grotas, veredas, chapadas, capões e gerais. Alguns residiam em suas terras a mais de 200 anos.
Estas famílias encontraram solidariedade de alguns cidadãos de bem, de cidadãos comuns, de pastorais sociais da Igreja católica, dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais. Porém, foram expulsos dos seus lugares, assim mesmo.
O Governo dizia que ali não tinha ninguém. “Quem não registra não é dono”, acertava a Ruralminas com os Cartórios de Imóveis da região.
Com o projeto de aceleração da caminhada ao paraíso do capital, criaram os “gatos” e “turmeiros” em substituição privada dos Serviços de Migrantes do Estado e da Pastoral católica. A migração existia, mas aumentou.
A enganação abasteceu o crescimento das indústrias siderúrgicas, os caminhões de carvão, a destruição do meio ambiente, das chapadas, do cerrado, o inchaço das periferias das cidades, com os novos sem-terras, e o empobrecimento ainda maior dos trabalhadores rurais. Os problemas sociais se aprofundaram.
Veja mais abaixo, a segunda decepção do Vale.

A SEGUNDA DECEPÇÃO DO VALE
Barragem de Irapé: do sonho ao engano
Veio a construção da Barragem de Irapé, no rio Jequitinhonha, entre os municípios de Berilo e Grão Mogol, no Médio Jequitinhonha, no nordeste de Minas.
Quem contestasse o projeto ou questionasse a sua forma de implantação seria contra o progresso. “Este povo é a favor do atraso. O Vale será todo eletrificado, serão gerados milhões de empregos. Cada município poderá ter um distrito industrial.” É isto que se ouvia na boca de muita gente com cargos importantes, mas tapados politicamente.
Muita gente se viu rica, empregada, arrumada na vida. Três mil empregos e o paraíso aqui na terra.
Para a construção foi necessário desalojar mais de 600 famílias, acabar com o Porto de Coris, comunidade tradicional de Turmalina, um canion de beleza ímpar.
Houve resistência de Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, mopvimentos sociais ligados à igreja e ao meio ambiente. Muitas famílias não receberam até hoje a indenização que têm direito.
No processo de construção foram empregados cerca de 3 mil pessoas e gerados outros 1,5 emrpegos indiretamente. Parou por aí. A operação e funcionamento não tem 30 empregados.
Depois de construída a Usina Hidrelétrica de Irapé foi inaugurada por Aécio Neves e Itamar Franco. Promessa do Aécio: a cada real produzido pela Usina, outro real seria aplicado na região. A inauguração foi no dia 06 de junho de 2006 e a operação 10 dias depois.
Seria interessante cobrar de Cemig e do Governador, perguntando quanto e onde este dinheiro prometido está sendo investido.
Os 7 municípios do lago de Irapé recebem royalties pelo alagamento dos seus territórios. Berilo, Botumirim, Cristália, Grão Mogol, José Gonçalves de Minas, Leme do Prado e Turmalina recebem juntos cerca de R$ 3 milhões/ano, estimativa de 2006. A Cemig não divulga dados, desde maio de 2007.
Hoje, até o prefeito de Grão Mogol, Jefferson Figueiredo, raposa política, servidor do Senado, principal defensor da obra, reclama dos poucos benefícios da Usina Hidrelétrica de Irapé. É estranho vindo de Grão Mogol que tanto se beneficiou da construção da barragem.
Numa coisa ele tem razão. Dos prometidos R$ 2,5 milhões/mês de ICMS para as prefeituras do Lago de Irapé, a arrecadação passa de pouco mais de R$ 120 mil/mês, ou R$ 1,4 milhões po ano.
Só que, em vez de ser repartido para os 7 municípios do Lago de Irapé, a Prefeitura de Grão Mogol entrou na justiça e leva toda a pequena bolada, neste ano de 2009. Argumenta que a legislação federal dá direito ao total do ICMS ao seu município.
Berilo reage na justiça e contesta baseado em jurisprudência do STF- Supremo Tribunal Federal.
Em 2010, o ICMS de Irapé deverá ser repartido entre Berilo e Grão Mogol. 50% para cada município. O direito ao ICMS de 2009 será ressarcido.
Jefferson deveria pedir a revisão do VAF – Valor Adicionado Fiscal da Irapé. Assim, ela poderá constatar que o ICMS é bem maior. Mas terá que dividir e não querer só pra si.
Os moradores da região continuam se perguntando onde foi parar a tal da eletrificação geral prometida.
Muitos foram enganados. Não sabiam ou não queriam saber que a produção de energia elétrica pode ser local, mas sua distribuição é unificada, em rede, somente para quem paga, e caro, por ela. Principalmente, quando esta energia é da Cemig, a mais cara do Brasil.
MILHO VERDE: MADURO NA CULTURA
O X Encontro Cultural de Milho Verde acontece todos os anos desde 2000, sempre no mês de julho, em uma semana de ampla confraternização. Diversas atividades educativas e artísticas são propostas à população local, às comunidades vizinhas e aos visitantes, de modo inteiramente gratuito.
A finalidade é proporcionar uma alteração no cotidiano da população de Milho Verde, possibilitando também a apresentação da riqueza humana e ambiental do lugar aos visitantes. Com essa iniciativa, o Instituto Milho Verde espera poder contribuir para o desenvolvimento sustentável e equilibrado dos aspectos sociais, culturais e ecológicos locais.
O evento arcará com as despesas de transporte, alimentação e hospedagem para os oficineiros e artistas.
A organização é do Instituto Cultural Milho Verde que coordena um Ponto de Cultura, projeto do Ministério da Cultura.
Milho Verde, útero do Jequitinhonha
Este lugar é aconchegante, tranquilo, de uma mansidão de paz de Ghandi. É por ali que um monte de pequenas fontes de água se juntam na serra, se combinam por debaixo da terra, e aparecem com o nome de rio Jequitinhonha. Dali em diante, um imensidão de canais de água vão brotando, fazendo crescer um imensao caudal, formando um riacho, entrando no município de Diamantina.
Milho Verde tem aproximadamente 1.000 habitantes, metade vivendo na área urbana. Faz parte do município de Serro, e situa-se nas vizinhanças de Diamantina - Patrimônio Histórico da Humanidade -, na região do Alto Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas.
Localizada também próxima ao Parque Estadual do Pico do Itambé, Milho Verde é banhada pelo Jequitinhonha. Na região de Milho Verde existem cerca de 140 nascentes que precisam ser preservadas, para que se possa assim garantir volume e qualidade de água ao longo do rio Jequitinhonha.
Foi povoada na primeira metade do séc. XVIII, tendo importante papel na história da exploração de minerais preciosos no Distrito Diamantino. A extração mineral era a base da economia até poucos anos atrás (estando reduzida hoje a pequenos focos de exploração). No entanto, o garimpo não trouxe vantagens ao distrito: além da destruição ambiental, as condições de trabalho eram precárias e a distribuição de riqueza realizou-se predominante para fora e para um reduzido número de pessoas da região.
A cobertura vegetal nativa é de cerrado e principalmente de campos rupestres, com o solo rochoso ocupando cerca de 70% de toda a área. Ocorre uma grande diversidade na vegetação, com espécies adaptadas à sobrevivência em ambientes pedregosos. A região apresenta-se como um grande laboratório natural para pesquisadores nas áreas de Botânica, Geologia, Engenharia Ambiental, entre outras.
A natureza é realmente exuberante em Milho Verde. As montanhas de pedra, a rica vegetação, as inúmeras cachoeiras e a possibilidade de uma vida simples e tranqüila atraem a cada dia mais turistas e novos moradores.
Mais informações:
www.institutomilhoverde.org.br

sexta-feira, 26 de junho de 2009


Michael Jackson morreu.
Viva Michael!


Pessoas como ele
não morrem,
ficam encantadas.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Paraíso Virtual

APROVEITE, ENQUANTO NÃO ACABA!
Uma bela biblioteca digital , desenvolvida em software livre, mas que está prestes a ser desativada por falta de acessos.
Imaginem um lugar onde você pode gratuitamente:

· Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ;

· escutar músicas em MP3 de alta qualidade;

· Ler obras de Machado de Assis Ou a Divina Comédia;

· ter acesso às melhores historinhas infantis e vídeos da TV ESCOLA e muito mais....

Esse lugar existe!

O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso, basta acessar o site: http://www.dominiopublico.gov.br/ Só de literatura portuguesa são 732 obras!
Esta dica é pra todo mundo. Porém, tenho certeza absoluta que os meninos que partipam do projeto de leitura/releitura da Professora Sandra Martucheli chegarão lá primeiro.
Vamos apostar uma corrida?
*************
Este post foi tão legal que resolvi registrar até mesmo a ilustração da pantera cor de rosa.Obrigado ao Blog do Quiprocó, de Jaculândia, na Bahia.
Festivale oferece oficinas e concursos artísticos
Até 3 de julho, há inscrições abertas para Festival de Música e Noite Literária
O Festivale - Festival de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha será realizado em Grão Mogol, de 26 de julho a 1 de agosto. Há uma variedade de atividades artísticas e culturais, durante toda a semana.
Além de apresentação de vários shows de artistas renomados como Paulinho Pedrazul, agentes culturais e grupos diversos da multicultura popular do Vale do Jequitinhonha tomarão conta das ruas, praças, espaços públicos e privados da cidade.
Festival de Música - Inscrições até 3 de julho. Acontecerá nos dias 30/31 de julho e 01 de agosto, na praça pública de Grão Mogol. Este ano recebe o nome do cantor e compositor Paulinho Pedra Azul. Uma justa homenagem ao artista que leva por todos cantos por onde se apresenta o nome do Vale do Jequitinhonha.
Concurso de Poesia - Inscrições até 3 de julho. A Noite Literária é uma das principais atrações da programação do Festivale, tendo revelado o talento de muitos poetas na região.
Oficinas – Com inscrições até o dia 15 de julho, 13 oficinas e cursos serão oferecidos aos participantes do Festivale, de 27 a 31 de julho. Quem participar
tem o direito à alimentação e alojamento. A taxa de inscrição varia de R$20 a R$ 50.
1. INDUMENTÁRIAS RELIGIOSAS - Professor: Geraldo Magela Lima de Alburquerque – técnicas de confecção e pinturas de roupas religiosas do Vale;
2. O CIDADÃO E A CIDADE- EVENTOS MUNICIPAIS - Professor: Tadeu Martins – qualificação técnica de recursos humanos no planejamento, na promoção de eventos culturais e captação de recursos para viabializá-los;
3. IMAGEM: RÁDIO - Professor Carlos Jaurejui - noções básicas sobre a linguagem, gêneros radiofônicos e produção de jornalismo para rádio.
4. IMAGEM: VÍDEO - Professor: Vitor Santos – capacitação de jovens e adolescentes na produção de vídeos e rádios comunitárias.
5. IMAGEM: COMUNICAÇÃO E DIREITOS - Professor: Bernardo Brant
Destinado a conselheiros dos direitos, comunicadores das diversas mídias, oferece noções de comunicação para mobilização social .
6. DANÇA AFRO NO VALE DO JEQUITINHONHA - Professora: Marilene Rodrigues dos Santos - baseado nas lendas dos orixás, dialogando com os valores da contemporaneidade ligada à pedagogia afro brasileira.
7. CANTO E VOZ EM VÁRIOS TONS - Professora: Ivânia Marinho Gonçalves - vivenciar o som, a voz e o tom através de exercícios, percepções auditivas, cantos, falas e tudo que se pode transformar em uma massa sonora, com qualidade e saúde vocal.
8. TEATRO DE RUA: CLOWN - Professor: Funarte - Desenvolvida para atores e pessoas interessadas na arte de fazer rir.
9. TEATRO DE CORDEL ESTUDO E MONTAGEM - Professor: Fernando Antônio de Melo (Limoeiro) – Para estudantes e atores de Teatro com experiência cênica comprovada. Aplicar e teatralizar a literatura de cordel em encenações populares de rua.
10. BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS - Professor: Romaní Ferreira - Dedicada às crianças de 7 a 60 anos, a oficina trabalhará com materiais diversos que confeccionará brinquedos e estimulará brincadeiras.
11. ARTE E TÉCNICA CIRCENSE - Professor Dino Maragone - Visa preparar os participantes para o trabalho com a técnica circense em várias modalidades.
12. A AFIRMAÇÃO DO TEATRO - Professor: Antonio Leite Rodrigues
Visa preparar os participantes para o trabalho como ator, propiciando uma pequena base destacando a experimentação prática.
13. ARTESANATO - Professor: Maria José Gomes da Silva (Zezinha) - As mãos que amassam, moldam e dão vida as figuras geradas da emoção e do sentimento do artista. O participante desta oficina conhecerá a artesã D.Zezinha, do povoado de Coqueiro Campo, do município de Minas Novas.
As inscrições poderão ser feitas pelo site http://www.fecaje.org.br/
Mais informações: fecaje@yahoo.com.br
Ângela (33) 8839-4698 José Claudionor (Jô) (33) 8818-2864
Programa de Combate à Pobreza Rural libera R$ 2,6 milhões
34 municípios do Vale são beneficiados
O Programa de Combate à Pobreza Rural (PCPR/MG), um programa de inclusão social do Governo de Minas com o Banco Mundial, liberou mais R$ 2,6 milhões, na semana passada, em cerimônia no Espaço Cultural da UFVJM, em Diamantina. Foram assinados 61 convênios para beneficiar 2,4 mil famílias, de 34 municípios do Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas.
Algumas comunidades do Vale do Jequitinhonha já estão pleiteando recursos do projeto pela segunda vez. É o caso da Associação Escola Família Agrícola de Jacaré, do município de Itinga, que, em 2007, investiu R$ 52,4 mil do PCPR/MG para a construção de banheiros para as 23 famílias que tem alunos na Escola Família Agrícola (EFA) da comunidade. Segundo o presidente da associação, Valdeir Marques Viana, o recurso já foi todo aplicado: “Foram construídos 23 banheiros, com a ajuda da comunidade e já tivemos a nossa prestação de contas aprovada, o que nos permitiu buscar mais dinheiro para melhorar a escola”, diz orgulhoso.A EFA assinou o convênio, no valor de R$ 27 mil para a ampliação da estrutura física da escola, beneficiando 180 famílias da comunidade do Jacaré. Com os recursos, financiados pelo PCPR, será construída mais uma sala - atualmente a escola tem três - e serão comprados novos equipamentos como carteiras, cadeiras, quadro e material escolar. De acordo com o presidente da associação vai permitir aumentar o número de turmas em 2010. “Hoje, temos 108 alunos. Acredito que, ano que vem, vamos poder atender mais 90, porque de dois anos pra cá aumentou muito a procura pela escola”, afirma.
Estes são os municípios do Vale que assinaram convênios em Diamantina:
Araçuaí, Cachoeira do Pajeú, Capelinha, Comercinho, Couto de Magalhães de Minas, Datas, Divisópolis, Felício dos Santos, Francisco Badaró, Itamarandiba, Itinga, Jacinto, Jequitinhonha, Jenipapo de Minas, José Gonçalves de Minas, Leme do Prado, Mata Verde, Medina, Minas Novas, Monte Formoso, Padre Paraíso, Pedra Azul, Ponto dos Volantes, Rio Vermelho, Salto da Divisa, Santo Antônio do Jacinto, São Gonçalo do Rio Preto, Senador Modestino Gonçalves, Serro, Veredinha e Virgem da Lapa.
PCPR em Berilo
Este programa já beneficiou projetos de comunidades rurais do município de Berilo. No mês de março, os agricultores familiares que fazem parte da Associação do Ribeirão, presidida por Edmilson Silva, festejaram o benefício de um trator agrícola. AARAI cedeu um terreno para servir de galpão.

No mesmo dia, Pretinha e moradores da Barra do Ribeirão, Sanin e Baú, fizeram festas solta
ram foguetes recebendo também um trator agrícola e implementos.
Estes projetos foram apoiados pela Prefeitura Municipal que custeou os projetos e está fazendo parcerias com as Associações para manutenção dos serviços do trator ficarem mais baratos para os asscoaidos.
Em Lelivéldia, a Associação dos Pequenos Produtores Rurais Independentes, presidida por Gildázio do Mel, foi beneficiada com dois projetos. Um deles é a Casa do Mel, um bonito projeto de apoio aos apicultores da região da Chapada do Lamarão.
Brevemente, daremos mais detalhes destes projetos de grande impacto comunitário.

Fonte: Agência Minas

É rio ou lago? Escada d’água

É rio ou lago? Escada d’água
Cemig quer muitas barragens no Araçuaí.                    Em recente reunião com movimentos sociais preocupados com novas barragens em rios do Vale do Jequitinhonha, técnicos da Cemig afirmaram que há 16 pontos de possíveis barragens levantados no Rio Araçuaí. 


Há muitas empresas interessadas nestes investimentos. Furnas é uma das mais afoitas. Já tem estudos adiantados de viabilização da Barragem Beira-rio, em Berilo.

Ou seja, não haverá mais rio, mas um monte de lagos, em escadinha, ou uma imensa escada d'áuga.

Considerando que o rio Araçuaí, tem 284 quilômetros, haverá um lago a cada 18 km, em média.


Bacia do Araçuaí

O Araçuaí é o principal afluente do rio Jequitinhonha, situado no Nordeste de Minas Gerais. A bacia do rio Araçuaí situa-se na região conhecida como Alto e Médio Jequitinhonha, onde predomina um clima semi-árido. Ocupa uma área de 14.621 km2, que abrange 22 municípios, 11 dos quais têm apenas parte do seu território dentro da bacia. A população residente na bacia atinge aproximadamente 320 mil habitantes, dos quais 200 mil vivem em zonas rurais.

O rio passa por diversos municípios. Nasce nas chapadas de Rio Vermelho, na divisa com Felício dos Santos, na quase divisa com Diamantina. Desce pelas terras dos municípios de Senador Modestino Gonçalves, Carbonita, Veredinha, Turmalina, Leme do Prado, Minas Novas, Chapada do Norte, Berilo, Virgem da Lapa, Francisco Badaró e Araçuaí, onde despeja no rio Jequitinhonha, na Barra do Pontal, atual distrito de Itira, a cerca de 15 km da cidade de Araçuaí. 


As únicas cidades banhadas pelo rio são Berilo e Araçuaí.

Barragens em Berilo

No município de Berilo, os técnicos marcaram dois pontos: um na comunidade de Beira-rio, perto de André. O outro já indica a divisa com Virgem da Lapa.
A barragem do Beira-rio atingiria comunidades como a Vila Santo Isidoro com o represamento do Córrego do Povo. A previsão é que o Lago chegue até a ponte da entrada do povoado. O rio Capivari também será represado. A comunidade de Lagoa Ezequiel, por estar em parte alta não será atingida.


A possível Barragem na divisa com Virgem da Lapa atingiria a parte baixa de Roça Grande e o represamento do Rio Caititu, alagando parte do Caititu de Baixo, na margem direita. Na margem esquerda, além do Ramalho, haverá o represamento do Córrego Bem-Querer e Ribeirão.



Há cerca de dois meses, acompanhei um estudo antropológico sobre comunidades quilombolas. Os técnicos contratados pela Cemig fizeram levantamentos das comunidades quilombolas às margens do rio Araçuaí, desde a sua nascente, no município de Rio Vermelho, divisa com Felício dos Santos, no Alto Jequitinhonha, até a sua foz, no povoado de Itira, em Araçuaí, na divisa com Coronel Murta, no Médio Jequitinhonha.


A preocupação da empresa é prevenir possíveis impactos em comunidades tradicionais. O Porto dos Coris, no município de Leme do Prado, alagado pelo Lago de Irapé, alertou a Cemig a não desrespeitar os movimentos sociais que cobram maior respeito com os registros históricos e impactos ambientais.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Caminhada de Festas Juninas pelas ruas de Berilo

Caminhada de Festas Juninas pelas ruas de Berilo










Estudantes e professores da Escola Jason de Morais e UES manifestam-se pela cultura popular, cantando e dançando músicas juninas, com violão, tambores, fantasias e balão.
Nesta quarta-feira, dia 24, na parte da manhã.


terça-feira, 23 de junho de 2009

Acidente na Rio-Bahia

Acidente em Padre Paraíso deixa três mortos e 37 feridos
Três pessoas morreram e outras 37 ficaram feridas em um acidente envolvendo um ônibus e uma ambulância na BR-116, em Padre Paraíso, no Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas, na madrugada desta segunda-feira. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os dois veículos bateram de frente e caíram em uma ribanceira de aproximadamente cinco metros de altura.
Segundo a PRF, os três mortos eram ocupantes da ambulância que seguia da cidade de Jacinto para Teófilo Otoni. As vítimas são o motorista, de 44 anos, um aposentado de 63 anos que iria fazer hemodiálise, em um hospital de Teófilo Otoni; e a filha dele, de 21 anos, que o acompanhava.
O ônibus da empresa Salutares teria saído de São Paulo com destino à Feira de Santana, na Bahia.
Segundo a PRF, todos os 37 passageiros e o motorista sofreram ferimentos leves e foram socorridos em um hospital de Padre Paraíso. Ainda segundo a PRF, o acidente ocorreu por volta das 4h50 na altura do Km 186 da rodovia. As circunstâncias não foram esclarecidas.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Migração da região tem mais de 130 anos

Migração da região tem mais de 130 anos
A migração de trabalhadores rurais sempre foi uma constante na vida das famílias do Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas. Segundo o professor e pesquisador, Eduardo Ribeiro, da Universidade Federal de Lavras, a migração acontece desde os anos de 1880. Portanto, há quase 130 anos. Segundo o professor, no seu belo livro “Lembranças da Terra, Histórias do Mucuri e Jequitinhonha”, os lavradores saíam, pois o período de março a setembro a terra carecia de pouco trabalho.
No seu livro, ele afirma que os lavradores, “desde 1880, começaram a procurar serviço fora, peregrinar temporariamente por outras regiões agrícolas. Primeiro no próprio nordeste de Minas, depois mais longe, até São Paulo, Paraná, Goiás. Saíam Há 100 anos atrás para colher café na “Mata de Ponte Nova” a atual Zona da Mata mineira. Depois iam em grupo colher o café na “Mata de Teófilo Otoni”, onde eram chamados de “chapadeiros”. Foram depois para São Paulo, também colher café nos anos de 1930 a 1950, levados pelo Serviço de Migração, que lhes pagava passagens. Foram ainda ao Paraná, e depois Goiás, e de novo São Paulo, para a colheita da cana. Nessa viagens , os trabalhadores iam para trabalhar uns tempos ou para ficar de vez; muitos ficaram, outros voltaram; nas viagens muitos parentes se espalharam, outros perderam-se para sempre.”
Pesquisa e compromisso
Eduardo Ribeiro é um dos maiores conhecedores do Vale do Jequitinhonha e Mucuri, não só como pesquisador como nativo de Carlos Chagas. Sua mãe é de Araçuaí. É economista, pela UFMG, com mestrado e doutorado pela Unicamp. Sua tese de doutorado é sobre a contribuição dos tropeiros na construção e povoamento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.
Eduardo continua pesquisando e trabalhando com a organização de feiras de agricultores familiares do Vale. As feiras de Turmalina, Minas Novas, Chapada do Norte, Berilo e Araçuaí já mereceram profundos estudos deste professor e militante das causas populares do Vale. Seus estudos são retornados para os pesquisados para estes fazerem seus usos devidos e descobrirem alternativas de viverem melhor.
Que outros estudiosos da nossa região se mirem no seu exemplo.

Circuito Turístico vai mostrar belezas que o Vale tem

Circuito Turístico vai mostrar belezas que o Vale tem




















Berilo, Botumirim, Chapada do Norte, Cristália e Grão Mogol
querem atrair turistas

O Circuito Turístico Lago do Irapé-Jequitinhonha, constituído pelos municípios de Berilo, Botumirim, Chapada do Norte, Cristália e Grão Mogol, vem se estruturando há quase 2 anos. Foi organizada uma Associação formada por representantes dos municípios para planejar e gerenciar toda a atividade turística na microrregião. A gestora do Circuito, Diná Ferreira Costa, da Secretaria de Turismo de Grão Mogol, diz que a região tem potencial para o turismo, porém ainda desconhecido. O Circuito foi certificado em novembro de 2007. “Com a certificação, será possível fomentar o desenvolvimento desse potencial, transformando-o em produto turístico, gerando mais renda e emprego. E, principalmente, minimizando problemas sociais, marca que o Vale do Jequitinhonha é conhecido”, ressalta. Outro ponto importante, segundo Diná, é o fortalecimento do circuito, “porque vamos ter mais oportunidades de conseguir projetos e recursos para a região”, finaliza.
O vice-prefeito de Botumirim, Moacir de Souza Oliveira, está entusiasmado com as perspectivas de potencializar o turismo da sua cidade. Ele acredita que a visão de um lugar pobre e miserável que muitos têm da região mudará para um lugar de belezas pouco vistas e conhecidas.
Maria Félix, representante de Berilo, garante que com seriedade, compromisso e muito trabalho darão para atrair muitos turistas até as cidades do Circuito.
Potenciais turísticos
A região se destaca pelo patrimônio natural, com grutas e rios. A cidade de Grão Mogol preserva os prédios históricos, como os sobrados e residências, construídos com pedras, reproduzindo o estilo da arquitetura colonial portuguesa. É destaque a Igreja Matriz de Santo Antônio, um dos símbolos da cidade, erguida por escravos.
Berilo possui o rio Araçuaí cheio de corredeiras, águas límpidas e belas praias. Possui a arquitetura colonial do Sobradão Abreu Vieira e Igreja Nossa Senhora da Conceição, do século XVIII. Além do secular artesanato de tecelagem conhecido no mundo todo e um carnaval que cresce a cada ano.
Cristália e Botumirim tem belezas naturais pouco conhecidas, práticas de esportes radicais. Chapada do Norte possui, como Berilo, uma arquitetura colonial preservada. A Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos atrai milhares de turistas em outubro.
A barragem de Irapé de 205 metros de altura e 551 de comprimento e o seu lago de mais de 100 km é uma das grandes atrações. Fica no rio Jequitinhonha, entre os municípios de Berilo e Grão Mogol.
Inventário turístico
Os municípios estão elaborando um diagnóstico proposto pelo Ministério do Turismo que será um Inventário da Oferta Turística que deverá ser finalizado em 30 de julho. O levantamento prevê o registro de toda a infra-estrutura dos municípios, principalmente os serviços de hotelaria, restaurantes e transportes, além de todas as possíveis atrações turísticas.
Pretende-se apontar o que já existe e tudo o que pode ser criado como parte do turismo de cada lugar e da região. O Ministério do Turismo e empresários do setor serão convidados a participar com investimentos para transformar eventos, belezas ecológicas, patrimônio histórico e cultural em empreendimentos geradores de renda e fomentadores de emprego.
O Circuito será lançado oficialmente no Festivale- Festival de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha, que acontecerá em Grão Mogol, de 27 de julho a 1 de agosto.

domingo, 21 de junho de 2009

Usina de Irapé divulga benefícios a 482 famílias

Usina de Irapé divulga benefícios a 482 famílias
A Cemig já entregou 196 títulos de propriedade definitivos, representando 41% das 482 famílias reassentadas durante a construção da usina Irapé com processo de regularização previsto até o meio do ano. Ao todo, existem 638 famílias a serem tituladas, porém 156 delas são de fazendas que aguardam decisão judicial definitiva para que a titulação seja viabilizada. A meta da Cemig é entregar mais 286 títulos nos próximos meses, solucionando a situação dos imóveis que independem de ações na justiça.
A gerente de Gestão de Imóveis da Cemig, Francely Duarte, afirmou que - o título é fundamental para os reassentados, permitindo que possam ter financiamentos para crescer e se desenvolver como pessoas e cidadãos. É um momento aguardado com muita expectativa, pois legaliza o terreno, como prometido, trazendo segurança e afirmação para essas famílias, acrescentou.
PROCESSO COMPLEXO
A gerente da Cemig explica que - até os documentos chegarem às mãos do reassentado, inúmeras etapas têm que ser vencidas: compra pela Cemig e, às vezes, por meio de desapropriação, contratação de georreferenciamento, averbação da reserva legal no IEF, certificação junto ao Incra, pagamento de impostos, regularização e registro do imóvel original, desmembramento dos lotes, regularização e registro das glebas dos reassentados com novas matrículas.
Para viabilizar os reassentamentos de Irapé, a Cemig adquiriu quase uma centena de propriedades que somaram cerca de 60 mil hectares de terras. Essa área corresponde a mais de quatro vezes a que foi ocupada pelo reservatório, que é de 13,7 mil hectares. Foram adquiridas terras escolhidas pelas famílias em 16 municípios, no Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas.
De um total de 96 fazendas, 33 foram completamente regularizadas. Outras 43 estão com processo de regularização adiantado. Cumprida essa programação, restarão 20 propriedades cuja situação aguarda a finalização do processo judicial. - Para estas não é possível prever quando os documentos sairão, conforme as famílias já estão cientes, apesar do empenho no acompanhamento dos casos por parte da área jurídica da Cemig, informa Francely.
Fonte: Assessoria Comunicação - Cemig

Praia de Almenara pede socorro


Retirada ilegal de areia da praia de Almenara criou uma cratera
Almenara, no nordeste de Minas, tem uma das maiores praias fluviais do Brasil. Com potencial imenso para o turismo a praia do rio Jequitinhonha conta com 1,5 km de extensão e quase 200 metros de largura. Com uma areia fina e branca a praia é ideal para o lazer. A praia de Almenara era local de encontro nos fins de semana, até a década de 80.
Com o crescente desmatamento das matas ciliares dos afluentes do Jequitinhonha para a prática da pecuária e a falta de tratamento de esgoto que é despejado em seu leito, a praia de Almenara, para muitos, perdeu seu encanto.
Todavia, um grupo de amigos improvisou na praia uma quadra para o Futevôlei. Diariamente se encontram para uma pelada de futevôlei. Segundo Marcone, um dos fundadores da pelada, o pior problema que a praia enfrenta e a retirada criminosa da areia. Segundo ele, os órgãos responsáveis pela fiscalização foram acionados.
Com base nesta denúncia, constamos que grande parte da areia foi retirada, uma cratera se formou no centro da praia. Procuramos a Policia Ambiental e o Ministério Público e fomos informados que medidas estão sendo tomadas para tentar resolver o grave problema ambiental.