segunda-feira, 1 de junho de 2009

Petrobrás vai construir barraginhas para Quilombolas do Jequitinhonha

Comunidades quilombolas do Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas, que vivem em condições de miserabilidade serão beneficiadas com a construção de 300 barraginhas para a captação da água das chuvas e um lago de múltiplo uso, que será usado como criatório de peixes e para a irrigação de hortas comunitárias. Três municípios serão atendidos em uma região que possui um dos mais baixos índices de desenvolvimento humano do Estado: Berilo, Chapada do Norte e Francisco Badaró.
Berilo possui 27 comunidades quilombolas, ocupando o primeiro lugar em Minas Gerais. Chapada do Norte ocupa o segundo lugar com 15 comunidades quilombolas identificadas. As ações serão custeadas pela Petrobrás, através do projeto "Desenvolvimento e Cidadania", coordenado pelo engenheiro agrônomo Luciano Cordoval de Barros, da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG).
As barraginhas são conhecidas no Médio Jequitinhonha, no meio da agricultura familiar. Esta tecnologia surgiu na administração municipal da Irmã Telma (PSB/PT), em Minas Novas, de 2001 a 2004.
Segundo o técnico, em parceria com lideranças dos sindicatos rurais e das associações comunitárias foram mobilizadas as comunidades rurais quilombolas. “A meta é construir em cada município 100 barraginhas, beneficiando 50 famílias em cada cidade, em média, além do lago de múltiplo uso”, acrescentou.
Hortas comunitárias
A parceria entre a Embrapa Milho e Sorgo, através do projeto financiado pela Petrobras, e estas comunidades teve início em 2007, com uma visita de representantes de 22 localidades ao projeto piloto em Sete Lagoas-MG.
Para 2009, segundo Cordoval, o projeto ainda beneficiará Janaúba, no Norte de Minas, e um município no estado do Piauí. “No total serão construídas mais 300 barraginhas nestas duas localidades”, completa.

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