quinta-feira, 9 de julho de 2009

Crédito facilitado leva corrida aos bancos


Agricultores familiares querem mais crédito
Dinheiro disponível não atendeu demanda
Os agricultores familiares de Berilo, no Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas, responderam prontamente ao chamado do Governo Federal em incrementar a produção através de crédito agrícola. As condições foram atrativas: juros de 2% ao ano, com carência de 3 anos, para proprietários com até 160 hectares, cuja produção se dá com sua família, alcançando 80% de sua renda total.
A agência local do Banco do Brasil disponibilizou somente R$ 1,5 milhão até 30 de junho. Em poucos dias, os agricultores familiares procuraram a Secretaria Municipal de Agricultura e Emater para se cadastrarem e candidatarem ao crédito produtivo, nas linhas Pronaf C, D e E, em valores que podiam variar de 7 a 100 mil reais.
Segundo Noé Carlos, Secretário Municipal de Agricultura de Berilo, 135 propostas de crédito foram aprovadas. A média, por empréstimo pessoal, foi de R$ 11.100. O valor da maior proposta aprovada chegou a R$ 63 mil. Noé acrescenta que muitos empréstimos foram contraídos para pastagens e plantio de frutas.
O valor disponível na agência do Banco do Brasil foi insuficiente para a demanda. Há 60 projetos no valor total de R$ 696 mil para serem encaminhados, no município de Berilo.
O prefeito de José Gonçalves de Minas, Edson Lago, o Maninho, reclama de pouca disponibilidade de recursos para agricultores familiares de seu município. Ele informa que se criou uma grande expectativa com a animação de muitos produtores. Porém, o seu município contraiu menos de uma dezena de contratos. Há muita gente interessada em pegar o empréstimo e não conseguiu.
Noé Carlos informa que o Banco do Brasil sinaliza com uma possibilidade de reabertura do crédito, nas mesmas condições, em agosto de 2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário