terça-feira, 6 de outubro de 2009

Jequitinhonha tem mais casos de gravidez na adolescência

Gravidez precoce é maior no Jequitinhonha e norte de Minas
Minas reduziu 33% dos casos em 10 anos
A gravidez na adolescência tem sido tratado como uma questão de saúde pública e não é mais tabu na maioria das famílias mineiras. A maior dificuldade tem sido em regiões mais pobres e com baixo índice de informação sobre métodos de prevenção.
Os adolescentes estão mais responsáveis em relação ao sexo. Pelo menos é o que indica a pesquisa do Ministério da Saúde (MS), divulgada em setembro. Em Minas Gerais, o número de partos realizados em meninas entre 10 e 19 anos reduziu 33,2% nos últimos dez anos. Uma queda superior à média nacional, que foi de 30,6%. Entre as razões para esse cenário está o acesso dos jovens às políticas públicas de orientação sexual.
Embora a redução seja positiva, o índice de gravidez precoce no Estado ainda é alto. Em 2008, cerca de 42 mil jovens entre 10 e 19 anos se tornaram mães.

A maioria delas vive no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha. “O Estado possui diferenças regionais que precisam ser trabalhadas”, avalia o médico médico Fernando Libânio, referência técnica estadual em Saúde do Adolescente. “Estamos, entretanto, no caminho certo”.
Saúde na Escola
Esse caminho passa pelas escolas. Segundo Libânio, as instituições de ensino são os locais apropriados para disseminar conhecimento entre os jovens. “Quanto mais o adolescente sabe sobre si, sobre seu corpo, mais ele planeja sua vida sexual, mais responsável ele será”. O programa Saúde na Escola levou palestras sobre sexualidade para colégios estaduais de 155 municípios. O tema também está na grade curricular do ensino fundamental da rede pública.
Vale do Jequitinhonha
Apesar da redução no número de casos de gravidez precoce apontada pelo Ministério da Saúde, as estatísticas ainda são preocupantes. De acordo com a coordenadora da área de saúde do adolescente e do jovem do Ministério, Thereza Delamare, a faixa etária entre 10 e 19 anos ainda é responsável por 21% dos nascidos vivos no país.
Ela afirma que “estudos mostram que adolescentes inseridas em locais de maior vulnerabilidade social e econômica estão mais suscetíveis à gravidez”
Em algumas regiões de Minas Gerais, como o Vale do Jequitinhonha, a média, de acordo com o consultor do programa estadual Saúde na Escola, Paulo Ribeiro, é ainda maior e oscila entre 25% a 30%.
No hospital Júlia Kubitschek, referência no Estado em maternidade, a coordenadora do pré-natal de adolescentes, Ana Lúcia Cruzeiro, afirma que o número de grávidas jovens ainda é alto. “Elas representam 25%”, disse. Segundo ela, as meninas que engravidam têm vidas semelhantes, como quadro de evasão escolar e baixa renda na família
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Com informações da Agência Minas e Portal do Ministério da Saúde - Saúde de Adolescentes e Jovens

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