sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Limites na educação dos filhos

Limites na educação e formação dos filhos
Muito se têm discutido em nossa sociedade a respeito da necessidade de estabelecer limites às crianças. Falar sobre estabelecimento de limites na criação de filhos é muito difícil.
Ensinar a agir na urgência, decidir na incerteza, não é tarefa fácil para pais e educadores. Isto porque cada criança é muito diferente uma da outra na sua personalidade, formação pessoal, familiar e social.
Por outro lado torna - se difícil devido à necessidade da aplicação desses limites.
Quando se devem estabelecer limites?
Desde cedo, aprendemos através de um provérbio bíblico que diz “ instrui o menino no caminho que deve andar, e ate quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22,6).

Não se faz necessário agredir a criança para estabelecer limites, pois violência gera violência. É preciso e necessário diálogo entre pais e filhos.

Há necessidade de estabelecer limites em tudo? Creio que não cada caso é um caso.

Não existem receitas para saber como estabelecer limites, nem listas com os limites que as crianças de cada idade devem ter. Isto varia de família para família, de pessoa para pessoa.

O limite aceitável de “bagunça” de uma família é diferente em outra. Para uma família é permitido determinadas coisas, em outra não. É preciso tempo para a compreensão das coisas. Isso deve ser feito aos poucos, à medida que possam suportar. Mas a sujeição da vontade é algo que deve ser feito imediatamente, e quanto mais cedo, melhor.
Cada fase no desenvolvimento da criança traz consigo caracteristicas e personalidades próprias. Pais e educadores devem procurar saber quais são as necessidades físicas, emocional e ate mesmo espiritual para encontrar os meios e caminhos dos estabelecimentos dos limites na vida das crianças.

Parece que não, mas as crianças gostam das regras e dos limites, para se sentirem seguras. Desde cedo, os filhos precisam saber até onde pode ir com sua liberdade, Muitas vezes os pais têm medo de estabelecer limites e provocar revolta em seus filhos. Porém, os pais correm risco maior quando não estabelece os limites devidos.

Os pais que, de forma consciente, fixa limites para seus filhos não correm o risco de futuramente se culparem por não terem feito algo nesse sentido.

Ao mesmo tempo, é necessário que reflitamos, apesar da urgência do momento, alguns segundos pelo menos, antes de dizer “sim” ou “não”. E uma vez tomada a decisão, que possamos manter a palavra.

A constância é muito importante na tarefa de educar. Pais e educadores precisam saber quais são os seus papéis na educação da criança. Educar é uma tarefa árdua, pois tem que ser todo-o-dia. Se um dia pode algo e outro não, a criança fica confusa, e vai tentar para que no dia seguinte possa também. É claro que as situações são diferentes e complexas. Não dá para ser tudo igualzinho.

Mesmo que a criança não entenda 100% o seu argumento, entenderá a explicação através da emoção, do tom de voz.

É preciso que haja coerência nas nossas ações. Falando em coerência, lembremos que o exemplo dos pais ainda é uma ótima maneira de educar...

É preciso dar importância e seriedade ao que falamos, só então nossos filhos farão o mesmo. É claro que a metodologia utilizada para estabelecer limites não poderia ser igual para todos os pais, como já afirmei. Varia, depende do contexto social que a família está inserida.

Como pai e pedagogo, sei quão angustiante e trabalhosa é a questão de estabelecer limites. No entanto os limites são necessários se desejamos criar crianças saudáveis em suas personalidades.

Texto de Ismael Simão. Pedagogo, Bacharel em Teologia. Pós Graduado em Gestão Escolar e Psicopedagogia Clinica e Institucional.

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