terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Mineroduto ou Estrada de Ferro?

Exploração de minério de ferro gera polêmica
Empresas querem mineroduto e não estrada de ferro
Luiz Ribeiro - Estado de Minas Publicação: 01/02/2010
O anúncio de investimentos para a exploração das jazidas de minério de ferro descobertas no Norte de Minas – estimadas em 12 bilhões de toneladas – criou a expectativa de geração de mais de 20 mil empregos numa região que sempre conviveu com pobreza, agravada pela falta de chuvas.
Mas gerou também uma polêmica em torno do escoamento da produção. Um dos grupos investidores anunciou a intenção de construir um mineroduto ligando a região até um porto no Sul da Bahia, alegando redução de custos.
Governo e prefeitos querem ferrovia
A iniciativa confronta com a proposta do governo de Minas, que gostaria de implantar uma ferrovia de 200 quilômetros de Grão-Mogol a Caitité, também na Bahia. O argumento é que a ferrovia gera mais desenvolvimento e poderia transportar passageiros.
A queda de braço está formada e o governo encontrou aliados nos prefeitos da região, que apontam danos ambientais e alegam que o mineroduto gera um grande consumo de água e o Norte de Minas é uma região seca.
A proposta de construção do mineroduto é dos dirigentes do chamado Projeto Salinas, liderado pela Sul-Americana de Metais (SAM), controlada pela Votorantim Novos Negócios (VNN) – que está, neste momento, transferindo o empreendimento para a empresa chinesa Hondridge Holdings Ltd, por US$ 430 milhões.
Mineroduto:custo baixo
Conforme o geólogo João Carlos Cavalcanti, o mineroduto deverá custar entre US$ 800 milhões e US$ 1 bilhão. Cavalcante disse que tomou conhecimento da disposição do governo de Minas de construir uma ferrovia e que aceita discutir o projeto, mas argumenta que o custo do transporte do minério de ferro via mineroduto é de US$ 0,36 por tonelada. Por ferrovia, disse, o valor pode chegar a US$ 15 ou US$ 16 por tonelada transportada.

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