sábado, 13 de março de 2010

Dilmasia: aecistas querem Dilma e Anastasia

"Dilmasia": políticos aecistas apoiam Anastasia e Dilma
Prefeito de Salinas lidera este movimento político
"Dilmasia" é um movimento de polítcos ligados a Aécio Neves que pretendem apoiar Dilma Roussef para Presidente e Antônio Anastasia para Governador de Minas.
Dezenas de prefeitos mineiros de vários partidos aguardam apenas a confirmação oficial da candidatura do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), à Presidência da República, para deflagrar a operação “Dilmasia”. Esta é uma reedição do “Lulécio” vitorioso em 2006, quando pediram votos para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e para o governador mineiro, Aécio Neves (PSDB).
Dessa vez, além de mostrarem a força de Minas na campanha da candidata de Lula — a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT) —, eles estão empenhados em garantir a Aécio uma grande votação no Senado e a eleger o candidato dele ao Palácio da Liberdade, o vice-governador Antonio Anastasia. (PSDB).
Serra vai levar uma surra, diz prefeito de Salinas
O trocadilho com a palavra azia está sendo usado contra o governador paulista. “Não temos que engolir o Serra. Com a indisposição causada pela candidatura dele, a Dilmasia vai ser maior ainda”, ironiza o prefeito de Salinas, do Vale do Jequitinhonha, José Antônio Prates (PTB). O prefeito foi expulso do PT, em 2007, exatamente por ter lançado o Lulécio.
Agindo assim, os prefeitos atenderiam, segundo ele, a um “apelo das bases”, que estariam frustradas com a impossibilidade de votar em Aécio para presidente. “O Serra vai levar uma surra em Minas, que vai decidir novamente a eleição presidencial”, previu.
Há quatro anos, a articulação que também envolveu candidatos a deputado estadual e federal foi fundamental para a reeleição de Aécio com 77% dos votos ainda em primeiro turno e para a vitória esmagadora de Lula no segundo colégio eleitoral do país, quando o adversário Geraldo Alckmin (PSDB) obteve, no segundo turno, menos votos do que no primeiro.
Dilmasia é igual Lulécio
Prates se recorda do início do movimento. Em 27 de março de 2006, comandou um grupo de 19 prefeitos petistas que entregaram a Aécio, no Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador, um manifesto de apoio à reeleição do tucano. O movimento se alastrou para outras legendas.

Mesmo obrigado a deixar o partido, ele garante: muitos prefeitos do PT vão se integrar novamente à campanha. O motivo seria simples: os administradores municipais teriam sido bem tratados nos dois mandatos de Lula e de Aécio. “Nem é Dilmasia, é o Lulécio de novo”, resume.

A estratégia não é feita apenas de traições, já que boa parte das siglas da base aliada do governo Lula fazem parte da gestão de Aécio, como PDT, PV, PSB, PTB e PP. “O movimento já está articulado e só tende a crescer. Só estamos esperando a oficialização das candidaturas. Por enquanto, apenas Dilma é candidata”, afirmou.
Patrícia Aranha, do joral Estado de Minas, sexta-feira, 12.03.10

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