quinta-feira, 8 de julho de 2010

IPHAN não considera cidades do Jequitinhonha como históricas

Recursos do PAC Cidades Históricas em Minas chegam a R$ 254 milhões
As cidades do Vale do Jequitinhonha não são históricas?A solenidade de assinatura das ações de proteção ao patrimônio cultural do PAC Cidades Históricas em Minas Gerais, realizada no dia 29 de junho na Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, em Belo Horizonte, contou com a presença de 19 prefeitos das 20 cidades mineiras que receberão investimentos da ordem de R$ 254 milhões. “O PAC Cidades Históricas surge do diálogo com a sociedade sobre o que deve ser estratégico nas ações do patrimônio cultural. É uma política de Estado, não só do governo ou do Iphan”, assinalou o presidente do Instituto, Luiz Fernando de Almeida, durante a solenidade que contou com a presença, entre outros, dos prefeitos presidentes da Associação Brasileira de Cidades Históricas, Ângelo Oswaldo, e da Associação de Cidades Históricas de Minas Gerais, Anderson Cabido, e do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda.

Entre os investimentos anunciados, a capital mineira, que reúne expressivo conjunto neoclássico e modernista tombado pelo Iphan, receberá R$ 82,9 milhões; Ouro Preto, R$ 32,6 milhões; Sabará, R$ 30,4 milhões; Cataguases, R$ 29,9 milhões; e Paracatu, R$ 15,6 milhões. Nesta primeira fase, receberão ainda recursos do PAC Cidades Históricas em Minas Gerais as cidades de Diamantina, Pitangui, Tiradentes, São João Del Rei, Barão de Cocais, Santa Luzia, Catas Altas, Serro, Raposos, Santa Bárbara, Itabira, Ouro Branco, Itabirito, Congonhas e Cristiano Otoni.

“Nunca houve um período tão próspero na política do patrimônio cultural brasileiro. Uma política desenvolvida pelo Iphan com muito diálogo e êxito” comemorou o presidente da Associação Brasileira de Cidades Históricas, Ângelo Oswaldo, que também é prefeito de Ouro Preto.

Fonte: IPHAN e Passadiço Virtual, de Diamantina

E as cidades do Vale do Jequitinhonha?
Não recebem nada?
As cidades que fazem parte daquelas nascidas no período colonial parecem ser
"mais históricas" do que outras. Outras deste mesmo período parecem ter sido esquecidas no tempo.
Ao liberar milhões de reais para algumas cidades o IPHAN prioriza 20 cidades em Minas Gerais e deixa vários prédios históricos tombados pelo instituto governamental ruir, literalmente.

Por que Diamantina só recebe 600 mil enquanto Cataguases vai de 29 milhões? Serro não é histórico? Minas Novas, nossa velha mãe-cidade também deixou de ser? Por que estes centros históricos nada receberam?

Berilo, Grão Mogol e Rio Pardo de Minas que nasceram no século XVIII, tem bens tombados pelo IPHAN também ficaram de fora.

Matias Cardoso, no norte de Minas, primeiro povoado do Estado, antes mesmo de Mariana, a primeira capital, nem de perto foi lembrada. Nem um centavinho.

É preciso que a descentralização do Governo Lula, tão apregoada na própria implantação da política cultural pelos Pontos de Cultura, também atinja as pequenas cidades do interior do país, sem discriminação.

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