segunda-feira, 5 de julho de 2010

Itamarandiba, capital brasileira do eucalipto

Itamarandiba, capital brasileira do eucalipto Itamarandiba, o município de 34 mil habitantes, no Alto Jequitinhonha, se consolida como a Capital Brasileira do Eucalipto.
O município que desde a década de 1970 se viu transformar num verdadeiro mar verde, agora pode se orgulhar de ser o berço de uma das maiores florestas artificiais do país.
Além das extensas aréas ocupadas pela eucaliptocultura, por grandes empresas do setor e na quase totalidade das pequenas propriedades rurais do município.
Itamarandiba também é uma das maiores produtoras de mudas de eucalipto, empregando tecnologia de ponta em seus viveiros clonais, que alimentam os principais plantios em Minas Gerais, estado que lidera a sivilcultura no país. Com forte vocação florestal, o município também não poderia deixar de figurar entre os principais municípios brasileiros produtores de carvão vegetal(bioredutor de energia) e madeira a partir da silvicultura e ainda, ser o maior produtor de mel do Estado de Minas Gerais.
Todo o seu dinamismo na atividade florestal soma-se para fazer de Itamarandiba, um atrativo a novos investimentos.
Outras Informações e para adquirir o material da divulgação contate a ACIAI/CDL: aciai@uai.com.br ou pelos telefones (38) 3521-1474 e (38) 3521-1190

Este texto faz parte de uma campanha de organizações empresariais de Itamarandiba.

Fonte: Blog Itamigos, amigos de Itamarandiba

9 comentários:

QUIPROCÓ DO ONÇA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
QUIPROCÓ DO ONÇA disse...

Que pena não é mar verde. Mar verde tem animais. O mesmo não ocorre com o deserto verde da monocultura do eucalipto. Em mata de eucalipto nao canta pássaros. É um ditado antigo mas verdadeiro. Onde chega o deserto verde do eucalipto, o pequeno produtor tbém é desestimulado a continuar com suas rocinhas pois tem ilusão do eucalipto dá mais dinheiro( até dá, mas só para o agronegócio). Há quem venderia sete palmos de terras no cemitério pra plantar Eucalipto se assim o pudesse.
Banú, sobre isso tenho um livro bacana. Dos nossos irmão do sul da Bahia, que sofrem com o avanço do Eucalipto e do exôdo rural. Caso se interesse, manda-me teu endereço e enviarei um exemplar.
Neide

Pedro Afonso disse...

A MITOLOGIA EM QUIPROCÓ!

O que falta em Itamarandiba, e isto sim é preocupante, é uma Escola Técnica Pública(IFET) para garantir o desenvolvimento humano e sustentável da região e não a expansão de uma atividade economica.

Alexandra Bahia disse...

NÃO SEI O QUE PRECISA MAIS EM ITAMARANDIBA, CERTAMENTE EDUCAÇÃO SIM. MAS ESTÁ PROVADO QUE ONDE O AGRONEGÓCIO SE INSTALA, EXCLUI INDA MAIS O HOMEN DO CAMPO. ISTO É FATO! ALÉM DO QUÊ A HUMANIDADE NÃO VAI COMER EUCALIPTO

Pedro Afonso disse...

Estou gostando da discurssão!

O Eucalipto, como qualquer espécie exótica, introduzida no país, tem lá seus impactos. Agora o importante é saber distingui-los. Enquanto positivos a geração de empregos e crescimento econômico são pesos inexoravéis, já os negativos, como qualquer monocultura instalada no país: o café, a soja e o milho são, via de regra, entraves que denunciam negativamente a exigência primeira de um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Mas soluções existem, o uso adequado do solo, da água e a preservação do complexo de recursos naturais, outro dia fotografamos a biodiversidade que habita as matas de eucalipto em Itamarandiba, tinha um lindo calango no tronco, abaixo um exame de abelhas jataí, no alto, acreditem um ninho de passaro. Os mitos e os tabus do eucalipto é assunto para os especialistas das ciencias exatas e biologicas, não posso tratar com propriedade o tema. Agora qualquer análise que se pretendar fazer, deve primeiro conhecer o seu objeto. O eucalipto, nativo da Austrália, é uma espécie que consume água tanto quanto a soja e o milho, talvez até menos, o que devemos suspeitar é como é introduzido em nossas regiões, em Itamarandiba tudo começou com o Regime Militar apoiado pela Igreja. E aí tenho muita coisa para arrolar, mas o Jequitinhonha vive dramas parecidos, poderiamos falar sobre a agropecuária extensiva no Medio e Baixo Jequitinhonha que não respeitam nada...

Álbano Silveira Machado disse...

O debate é interessante. O eucalipto é um dos projetos de "redenção do Vale" que trouxe mais malefícios do que benefícios. Mas, concordo com o Pedro Afonso que coloca que algumas práticas agroecológicas no manejo da eucaliptocultura vem sendo implantadas em Itamarandiba. Mas isso ainda é um apanágio, uma cosquinha nos estragos já feitos.
É a tal política de redução dos danos. Tentar consertar alguma coisa para não ficar pior.
Porém, é fato. O setor do eucalipto se tornou uma atividade econômica no Vale que não adianta deixar de conviver com ela para não fugir da realidade.
Sou contra qualquer tipo de expansão desta atividade na região. Deveríamos lutar pela redução e adaptação aos princípios agroecológicos.

Álbano Silveira Machado disse...

Neide,
gosto de estudar sobre a cultura do eucalipto e seus impactos na natureza e na vida humana.
Sou um adepto da filosofia do Padre Justino, um holandês que estudou o eucalipto profundamente.
Gostaria de receber um exemplar do livro citado por você.
Mande para;
Álbano Silveira Machado
Rua Francisco Badaró Júnior, 95 - Centro
Berilo - MG
39.640-000

Aloisio Pavie disse...

Origem da Plantação Do Eucalipto Na Cidade De Itamarandiba - MG, Contada Pelo Ex-Propietário Do Terreno.
A plantação do eucalipto na cidade de Itamarandiba está ligada à família Pavie, que sempre se preocupou com o progresso da cidade.
Em abril de 1974, eu, Aloisio Gonzaga Pavie, hoje com 96 anos de idade, estava terminando a preparação de uma vasta área do terreno da família para plantação de café, em sociedade com meu irmão Dr. Jose Pavie e meu cunhado Dr. Juscelino Jose Ribeiro, quando fui procurado em casa, na Rua Tiradentes, 31, pelo Diretor da ex-companhia Acesita, Alderico de Paula, querendo comprar a fazenda, mas neguei sua pretensão. Na mesma semana, o Diretor volta e apresenta uma proposta da companhia em comprar o terreno alegando que precisava plantar até dezembro daquele ano (1974), milhares de mudas de eucalipto pela razão de ser o único terreno plano existente no Norte de Minas Gerais, registrado em cartório, livre e desimpedido, e o mais importante, com uma área de (5.430,40) hectares em um só modulo e ver também o progresso que viria no futuro.
Em vista disso, a família concordou com a venda da Fazenda, mas eu fiz duas exigências. Assim que assinar a escritura, instalar um escritório da companhia na cidade, bem como todos os benefícios que vierem da companhia, para a região ter sede na cidade. A ex-Acesita manteve o nosso acordo.
Hoje, a nossa cidade de Itamarandiba, graças ao Ouro Verde, é conhecida como a CAPITAL BRASILEIRA DO EUCALIPTO.
Aloisio G. Pavie – Brasília – 9 de novembro de 2020.

Aloisio Pavie disse...

Profecia de Dr. Afonso Pavie há quase um século sobre a regeneração do progresso da cidade de Itamarandiba, hoje, capital brasileira do eucalipto.

Eu, Aloisio Pavie, registro aqui um acontecimento ocorrido há vários anos e que me lembrei há pouco tempo, quando o médico neurocirurgião e itamarandibano, Dr. Sebastião Gusmão, me fez uma prazerosa visita em minha residência, aqui em Brasília, com o intuito de me entrevistar sobre a vida de meu pai, Dr. Afonso Pavie, tendo em vista ser o único filho ainda vivo, que conta hoje com a idade de 96 anos. Diante disso, passei a rever uns velhos documentos, quando me deparei com uma das cartas de minha querida e saudosa esposa Myriam, escrita em Belo Horizonte, datada de 14/10/1975. Um dos temas dessa carta falava de lembranças de meu pai. Fiquei impressionado com uma frase proferida a mim, que ora transcrevo: “...aqui a pasmaceira dos negócios e crescentes decadências de bons sentimentos e de solidariedade. É a vós que Deus vai confiar a nobre missão de regenerar esta cidade.” Essas palavras me emocionaram bastante e fiquei a pensar o motivo dele ter profetizado e escolhido a mim, dentre os seus 12 filhos. Só Deus sabe. E, por coincidência, eu fui o pivô da regeneração do progresso da nossa Itamarandiba com a venda da fazenda Pavie para a ex-Cia Acesita para plantação de eucalipto em 1974.
Envio a seguir uma cópia da carta que escrevi ao Dr. Sebastião Gusmão sobre a origem desta história.

“Dr. Sebastião Gusmão
Em 07/05/2014 escrevi para meu cunhado Plinio de Aquino e mencionei o trecho de uma carta que minha esposa Myriam me escreveu em 14/10/1975, relativo à minha sorte de ter sido sorteado entre os diretores do ex-IPASE, a compra do meu apartamento de Brasília. Entre outras coisas ela diz: ‘fazendo uma arrumação na garagem, encontrei umas cartas de seu pai. Descobri o porquê de sua sorte. Quantas lembranças, quantos desejos de felicidade, de boa sorte. Tudo sincero, de coração. É o que nós desejamos também aos nossos filhos, mas não vamos perder a oportunidade de dizer-lhes, tá? Achei interessante uma coisa que ele disse: ‘aqui a pasmaceira dos negócios e crescente decadência de bons sentimentos e de solidariedade. É a vós que Deus vai confiar a nobre missão de regenerar esta cidade’.’
Veja a coincidência, em 1974, resolvi fazer uma grande plantação de café na fazenda Pavie e acabava de terminar o preparo do terreno quando fui procurado pelo Diretor da ex-Cia Acesita. Ele propôs a compra da fazenda por ser a maior gleba de terra com 5.430,40 hectares existentes no Norte de Minas e que a ex-Cia queria plantar milhares de eucaliptos até o fim daquele ano. A família concordou com a venda e eu condicionei que todos os benefícios que viessem para a região deveriam permanecer na cidade. A Acesita concordou.
Hoje a nossa querida Itamarandiba está em pleno desenvolvimento e até a Wikipedia mencionou isso no item econômico. Graças ao Ouro Verde a cidade é conhecida como a Capital Brasileira do Eucalipto.
Por esse acontecimento, confirmou-se que eu acabei com a ‘pasmaceira e ajudei a regenerar a cidade’ de acordo com a profecia de meu pai, há mais de meio século.
Abraços, Aloisio Pavie. Outubro de 2020.”

Aloisio Pavie, 17 de junho de 2021.

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