sábado, 23 de outubro de 2010

Minas: 432 prefeitos aderem à campanha de Dilma

Minas: 432 prefeitos aderem à campanha de Dilma Para uma platéia de prefeitos e vice-prefeitos de 432 cidades mineiras, movimentos sociais e comunidade, a candidata Dilma Rousseff se comprometeu nesta sexta-deira (22.10) a fazer um governo municipalista. O encontro se deu no Pampulha Iate Clube, em Belo Horizonte.

Segundo ela, as parcerias vêm sendo adotadas no governo Lula e serão aprofundadas. Dilma recebeu apoio de lideranças de diversos partidos.

A candidata ressaltou que somente a união do governo federal com estados e municípios permite a realização de políticas transformadoras. “É inconcebível que o Brasil seja um país rico com municípios pobres”, destacou, que participou do encontro em Belo Horizonte.

Ela também comparou como é a relação entre o governo Lula com os municípios e como era na gestão do PSDB. “Vocês lembram bem os cães e cassetetes que eram colocados contra os prefeitos e as prefeitas? No nosso governo, eles foram substituídos pelo respeito, pela dignidade no tratamento e sobretudo por um processo republicano de repartição dos recursos”, afirmou.

Para destacar exemplos, Dilma citou o Bolsa Família. “Todas as conquistas do último período não seriam possíveis se não houvesse parceria com os prefeitos. O Bolsa Família é um exemplo disso. O governo federal entra com os recursos e as prefeituras fazem o cadastramento das famílias e o controle se as crianças estão na escola e recebendo as vacinas”, explicou.

Apoio do PV
Durante o ato, Dilma recebeu manifestos de apoio da Associação dos Portadores de Hanseníase, de professores da Universidade Federal de Minas Gerais, do Sindicato dos Professores, dos reitores de Institutos Federais de Educação, de juristas, religiosos, artistas, policiais e das Pastorais de Juventude da Igreja Católica.

Representando o Partido Verde (PV), a prefeita de Natal, Micarla de Souza, e o deputado federal e ex-candidato a governador de Minas Gerais, José Fernando, declararam voto em Dilma no segundo turno.
“Quantas injustiças estão fazendo contra você. Mas o povo brasileiro vai fazer justiça. Trago a palavra de muitos companheiros verdes que estão com você”, disse a presidente estadual da sigla.
Em seguida, entregou a Dilma um adesivo na cor verde com o número 13 estampado. “Nós continuamos com o sonho de eleger uma presidente mulher. Nós acreditamos em Dilma para tocar o nosso projeto de um Brasil sustentável”, afirmou Micarla, que se elegeu com uma base aliada ao DEM.

“Dilma tem muito mais afinidade com o projeto apresentado por Marina no primeiro turno. É por isso que eu peço para quem votou em Marina, que agora vote em Dilma”, defendeu José Fernando.
A prefeita de Capinópolis, Dinair Isaac, filiada ao DEM, e o prefeito de Itamonte, Marquinhos, do PSDB, também manifestaram seu apoio à candidatura de Dilma.

Dilma é Minas na Presidência
Dilma aproveitou a grande acolhida para reforçar suas origens mineiras e apresentou um pacote de benfeitorias aos municípios. No início de seu discurso, a candidata falou do apreço que tem pelo estado onde nasceu e pela capital Belo Horizonte.

''Foi aqui que eu iniciei o processo de conscientização da cidadania e aprendi a lutar pela diversidade'', disse a candidata, se referindo aos anos em que ingressou no movimento de combate à ditadura. ''Aqui em Minas eu me convenci que um outro Brasil era possível, sem ditatura, democrático, com direito de expressão, comprometido com a liberdade imprensa. Por isso Minas tem na bandeira 'liberdade ainda que tardia''', completou.

A candidata ainda se referiu ao estado dizendo que Minas ''é uma ilha cercada de Brasil por todos os lados''.

Esta é a segunda visita de Dilma a Belo Horizonte em menos de uma semana. No último sábado, ela esteve na capital mineira com o presidente Lula, que discursou em favor da afilhada política. As visitas à cidade fazem parte da estratégia da coordenação da campanha do PT, que quer reforçar as origens mineiras de Dilma, de olho nos votos do segundo maior colégio eleitoral do país.

Dilma nasceu em Belo Horizonte, apesar de ser radicada no Rio Grande do Sul, mas segundo um levantamento interno do PT, 42% dos mineiros ainda não sabem que a candidata é nascida em Minas.

Em Minas, meta é ter 2,5 milhões de votos a mais que Serra
Com o mapa dos votos do Estado em mãos, a campanha de Dilma Rousseff trabalha na tentativa de ampliar a vantagem da petista em Minas Gerais no segundo turno em relação ao ex-governador José Serra.

A intenção, segundo o vice-presidente do PT-MG, deputado federal Miguel Correa Júnior, é colocar 2,5 milhões de votos à frente do adversário tucano. Para isso, no entanto, terão que conter o tucanato mineiro e, principalmente, a influência do senador eleito Aécio Neves (PSDB), que trabalha pela campanha de Serra no Estado.

Correa Júnior admite que há pontos preocupantes, como as regiões Leste, Centro e Sul do Estado. Com o mapa desenhado da situação no primeiro turno, ele exemplifica os principais obstáculos: "Em Belo Horizonte, por exemplo, onde a Marina Silva (PV) venceu, acho que ganhamos, mas por muito pouco, cerca de 5% de diferença. Já na região metropolitana, onde há bolsões beneficiados com o PAC e o Bolsa Família, acreditamos que a Dilma vai crescer muito".

Para emplacar a diferença pensada pelo comando da campanha em Minas, a concorrente teria que herdar uma boa parte dos votos de Marina. No primeiro turno, Dilma teve 5.067.399 votos no Estado, contra 3.317.872 de Serra - cerca de 1,7 milhões de diferença - e 2.291.502 da senadora verde. Além de não perder eleitores, a petista teria que conquistar outros 800 mil votos para chegar à meta de 2,5 milhões de frente.

No Vale, aumentar diferença para 150 mil
Quase 300 mil eleitores votaram no primeiro turno, no Vale. Dilma obteve 207.688 votos e Serra 87.610. A diferença pró-Dilma foi de 12o.778 votos. Pretende-se aumentar a frente para 160 mil votos.

Houve muitos votos nulos devido à confusão de muitos candidatos e abstenção alta por eleitores mais pobres e desinformados acreditando que teria que apresentar dois documentos com foto.
Acredita-se em uma presença maior dos eleitores, no segundo turno.

Fonte: www.vermelho.org.br

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