segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Diamantina: Serra dos Cristais é tombada pelo IEPHA

Diamantina: Serra dos Cristais ganha proteção do IEPHA
Maciço que emoldura a famosa cidade mineira abriga nascentes e cursos d'água, além de tesouros históricos, como o calçamento conhecido como Caminho dos Escravos
Dois importantes monumentos de Minas ganham proteção legal do estado e entram na rota da preservação.

O conjunto paisagístico da Serra dos Cristais, em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, expoente da Estrada Real, acaba de ser tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha/MG), com aprovação do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep).

Conjunto paisagístico da Serra dos Currais, em Diamantina, no Alto Jequitinhonha

A medida vai impedir a descaracterização dos bens, sendo necessária a avaliação dos técnicos do instituto em caso de qualquer intervenção, informa a gerente de Patrimônio Material do Iepha, Rosana Marques de Souza.

Integrante do maciço do Espinhaço e protegido em caráter provisório desde 2000, o conjunto paisagístico da Serra dos Cristais abriga nascentes, cursos d’água, mirante, cruzeiro, igreja e um trecho histórico calçado com pedras, o Caminho dos Escravos.

“Ele se encaixa no conceito de paisagem cultural, pois tem grande importância na formação da identidade local e regional de Diamantina”, afirma Rosana, explicando que o perímetro protegido corresponde às duas vertentes da serra – a área não urbanizada, que emoldura a cidade, e a outra voltada para o lado das propriedades rurais. Nos estudos, foram destacadas as questões histórica, física e geomorfológica, a relevância como paisagem e a sua relação com o entorno.

O principal benefício do tombamento está na conservação, diz o turismólogo Luciano Amador, coordenador do laboratório de turismo e artesanato do Centro Vocacional Tecnológico de Diamantina, vinculado à prefeitura.

“Há muita pressão habitacional e acreditamos que serão traçadas diretrizes para impedir irregularidades, especialmente quanto à ocupação habitacional. Hoje há muita pressão nesse setor”, afirma Luciano. Outro ponto positivo é o fortalecimento do título de Diamantina como patrimônio da humanidade, concedido em 1999 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Resumo da reportagem de Gustavo Werneck, do Estado de Minas, em 28.11.2010

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