sábado, 26 de março de 2011

Capelinha fez 98 anos

Capelinha fez 98 anos
José Carlos MachadoVista parcial de Capelinha, no Alto Jequitinhonha
No mês passado, em 24 de fevereiro, Capelinha completou 98 anos de história municipal.
Foi nessa data que se instalou a Câmara Municipal, tendo sido empossado como seu primeiro Presidente o senhor Antônio Pimenta de Figueiredo. Como não havia ainda o regime de prefeitura, ele acumulava a função de Agente Executivo Municipal.
Após a Revolução de 1930, Benedito Valadares, Interventor de Minas Gerais, nomeou como primeiro Prefeito Municipal de Capelinha o Coronel Jacinto José Ribeiro.
É certo que o embrião da história de capelinha remonta a mais de dois séculos atrás – 210 anos, para ser mais exato – já que em 1801 Manuel Luiz Pego instalou sua fazenda nas proximidades de um córrego que atualmente leva o seu nome. Em 1809, sua fazenda foi atacada por índios bravios que infestavam toda a região e ele se viu obrigado a abandoná-la e se retirar para as imediações do Córrego Areão.
Observe-se que a saga do povo capelinhense iniciou-se com luta. A história da humanidade é repleta de episódios marcados por refregas e combates, após os quais advieram períodos de progresso e bem-aventurança.
Se fosse, pois, conferido ao fundador de Capelinha o direito de contemplar os frutos de sua obra, certamente ele e quantos o sucederam na labuta e demanda de um futuro promissor para esta terra se dariam por satisfeitos e se orgulhariam do presente que nos legaram.
Nossa gente é de brio. Não apenas sonha com a bonança, mas vai à luta por ela… Aqui se ousa! E não há como ser diferente em tempos de célere competição. Aqui não se tira coelho da cartola, porque o pragmatismo nos orienta para o trabalho.
Sim, em Capelinha madruga-se, peleja-se, teima-se e se acelera no mesmo ritmo das mudanças que o atual século impõe. Mas também aqui não se perde a brandura, a gentileza e a hospitalidade decantadas pelo sábio francês August de Saint Hilaire desde o longínquo ano de 1817, quando por aqui passou.
Parabéns, Capelinha, por ter forjado em seu solo esse povo tão laborioso e, após quase um século de história municipal, continuar sendo para cada de seus filhos a “Terra minha, onde achei uma infância feliz!”

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