quarta-feira, 13 de abril de 2011

Governo de Minas descarta acompanhamento social nas escolas

TRAGÉDIA DO RIO ALERTA GOVERNOS OMISSOS E IRRESPONSÁVEIS
Há 4 anos aprovada, lei fica no papel. Governo de Minas não quer acompanhamento social nas escolas
A tragédia do Rio vem suscitando debates sobre violência escolar e formação de crianças e adolescentes, principalmente de formas de se evitar outras tragédias humanas similares a da semana passada.
Com certeza, há uma unanimidade em afirmar que as escolas necessitam ter profissionais como psicólogos para contribuir no processo ensino-aprendizagem, assim como melhorar os relacionamentos interpessoais, evitar fenômenos como o bullying, estreitar os laços escola-família e possibilitar um acompanhamento de formação integral dos estudantes.
Palestras para pais ou projetos comunitários aproximam a escolas das famílias
É certo que medidas como campanhas para o desarmamento da sociedade vão contribuir de uma forma geral, a diminuir a violência na sociedade. Porém, não é o suficiente.
Os governos – federal, estadual e municipal – devem colocar em prática projetos escanteados pelas suas gestões.

Atividades socioculturais estreitam laços afetivos e valores solidários
Um exemplo é a lei estadual 16.683, de 10.01.2007, de autoria do Deputado Estadual André Quintão (PT-MG), que autoriza o Poder Executivo a desenvolver ações de acompanhamento social nas escolas da rede pública do ensino de Minas.
Há 4 anos, a lei foi sancionada, inclusive pelo atual governador Anastasia, que estava em exercício, em janeiro de 2007. Não saiu do papel. Nada foi colocado em prática.Não ao bullying: o respeito às pessoas é um valor fundamental a ser aplicado em todos os ambientes
As direções das escolas estaduais colocam a demanda de contratação de psicólogos e assistentes sociais, apresentando projetos para evitar a evasão escolar, prevenção à violência, ao uso de drogas e alcoolismo, disseminando informações sobre doenças infecto-contagiosas e outros temas correlatos.
A Secretaria Estadual de Educação não dá bola, pois não há interesse em investir em pessoal, como se educação fosse feita somente por prédios e equipamentos, ou aquisição de livros. Estes são meios necessários, mas o fundamental é a valorização dos educadores e a contratação de outros profissionais para apoiá-los nas ações psicossociais.
Esta lei aponta a necessidade de “implantação de programa governamental que tenha o objetivo de atendimento ao desenvolvimento social de jovens pertencentes a comunidades de baixo IDH – Índice de Desenvolvimento Humano”. Ou seja, todos os municípios do Vale do Jequitinhonha.
A violência escolar pode surgir de pequenas brincadeiras agressivas entre estudantes
Professores, diretores de escolas e pais solicitam palestras de profissionais de psicologia ou de policiais militares para tentar amenizar problemas surgidos no dia-a-dia da escola. Estas atividades pontuais têm surtido efeito, porém ainda são insuficientes, pois a demanda apresentada exige um programa contínuo de acompanhamento psicológico e social na formação integral de crianças, adolescentes e jovens.

Um comentário:

Alexandre Fernandes disse...

Eu, como estudante de Serviço Social, vejo a urgência em implantar o Serviço Social nas escolas!

O profissional de Serviço Social é bastante preparado para tratar de tais demandas, assim também como o profissional de Psicologia.

É preciso uma equipe multidisciplinar para acompanhar com qualidade nossos alunos!

Além disso, é preciso investir em segurança, para que tragégias como a do Realengo não mais aconteçam.

Parabéns ao Banu por nos deixar sempre a par do Vale e do Brasil.

Um grande abraço!

Alexandre - Movimento Muda Capelinha
Estudante de Serviço Social - PUC Curitiba/PR

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