terça-feira, 19 de abril de 2011

Jequitinhonha terá Encontro Indígena para resgatar história

ENCONTRO INDÍGENA DE JEQUITINHONHA
_ HOMENAGEM AO BORUN KUêK E AO PRINCIPE MAXIMILIANO DE WIED -
13/14 e 15 de MAIO
Indios KrenakPara os festejos do seu Bicentenário, a cidade de Jequitinhonha, no Baixo Jequitinhonha, nordeste de Minas, pediu, e a Alemanha concedeu, a restituição dos restos mortais do borun (“botocudo”) Kuêk, amigo do naturalista alemão Príncipe Maximiliano de Wied e falecido no Palácio de Wied-Neuwied. Maximiliano de Wied foi o precursor dos estudos etnográficos no Brasil, grande amigo das tribos do sertão de Minas e do sul da Bahia ("Viagem às Províncias do Brasil, 1815/1817").
Das diversas nações indígenas de Minas Gerais, remanescentes das outrora visitadas pelo Príncipe e que viviam na Mata Atlântica ao longo do Rio Jequitinhonha, cinco estarão presentes, como a Aranã, Krenak ("Botocudo), Maxakali, Mucurin, Pankararu e Pataxó.

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CONFERêNCIAS, DEBATES E A PRESENÇA DA ALEMANHAO Cônsul-Geral da Alemanha, Dr. Michael Worbs, fará na ocasião uma visita oficial a cidade e entregará pessoalmente a relíquia do borun Kuêk ao Prefeito de Jequitinhonha.
Christina Rostworowsky , historiadora (SP), fará conferência sobre Maximiliano e a imagem romantizada dos nossos índios que ele ajudou a projetar na Europa.
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A pedagoga Geralda Soares, de Araçuaí, falará sobre a forçada transumância indígena pelos “sertões do leste” (Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce) ao longo dos século XIX e XX.
Haverá durante as conferências e debates intervenções do Prof. Karl Schilling, diretor do Museu de Anatomia da Universidade Friedrichs-Wihelms-Bonn, onde ficou exposto o crânio de Kuêk praticamente desde a sua morte, em 1833. A curadoria do evento é da jornalista Solange Pereira (MG).

O índio Kuek e um colonizador

O índio e o alemãoMaximiliano teria levado Kuêk para a Alemanha provavelmente para livrá-lo da escravidão nas mãos dos portugueses ou da hostilidade de sua própria tribo por ser aculturado. No entanto, Kuêk não escapou de servir como objeto de experiência nas universidades alemãs (os indígenas da América do Sul seriam "o elo perdido entre o homem e o macaco") e, não obstante a amizade que lhe dedicava o Príncipe, num quase suicídio entregou-se ao álcool para mitigar sua nostalgia das brenhas.

E-mail para contato: bicentenario.jequi@bol.com.br - Tel. 33= 3741 1543

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