domingo, 24 de julho de 2011

Estiagem castiga produtores do norte de Minas e Vale do Jequitinhonha

Estiagem castiga produtores do norte de Minas e Vale do Jequitinhonha
A redução da água nos rios e córregos preocupa o homem do campo do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha onde vários municípios já estão em situação de emergência.



Gerval da Silva Veloso, do distrito de Ermidinha afirma que o problema já está acontecendo no Rio Pindaiba, que atende à localidade, apesar de a água ainda não ter acabado. Na sua propriedade, ele faz o plantio do alho, que é comercializado em Montes Claros. Por isso, tem de contar com água para molhar o plantio a cada quatro horas. O que alivia a sua situação é o poço artesiano. A safra de alho ocorre de maio a setembro, quando a água é mais crítica. No período das chuvas, ele faz o plantio de milho e feijão. No Norte de Minas, 61 municípios já decretaram situação de emergência.

A seca deixou um rastro de destruição no Norte de Minas, com a perda de 336,7 mil toneladas de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, sorgo e café, acarretando prejuízo de R$ 288,3 milhões, conforme relatório divulgado pela Emater.


A safra agrícola 2010/2011 teve 241.490 hectares plantados, que dariam uma produção de 600.488 toneladas. No entanto, em razão da queda de 51% provocada pelo veranico de janeiro e fevereiro, os danos foram grandes.
O coordenador regional da Emater, Ricardo Peres Demichelli salienta que o maior impacto da seca é a falta de água para o abastecimento humano em algumas comunidades rurais. Isso levou o Governo a reativar a Operação Pipa, com a contratação de veículos para socorrer os flagelados.
Demichelli espera que o Governo use o estoque regulador para socorrer os flagelados com o milho armazenado nos seus silos.

O produtor José Hermano Rodrigues, de Santa Rosa de Lima, na zona rural de Montes Claros, afirma que o Córrego de Matos, que abastece a localidade, já começou a secar, mas ainda não foi possível sentir os maiores impactos.

O córrego é responsável pelo abastecimento de água do gado, já que a população usa a água vinda de poço artesiano. No período das água, ele faz o plantio de cana, mandioca e milho, enquanto na seca, cria apenas gado. Na sua opinião, apesar da seca estar começando, os seus impactos devem ser menores do que em 2007, quando a região foi castigada pela estiagem.

Na região de Araçuaí a situação é mais grave nas comunidades de Coador e Córrego do Narciso onde os habitantes precisam caminhar até 7km até a barragem do Calhauzinho para conseguir água. Caminhões pipa também estão sendo utilizados pela prefeitura para fazer o abastecimento de água para as famílias.



Fonte: Hoje em Dia e Gazeta de Araçuaí

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