quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Um passeio pela identidade cultural do Vale do Jequitinhonha

Um passeio pela identidade cultural do Vale do Jequitinhonha
GERAES, Festivale e a Importância da criação de uma identidade regional
No segundo dia do VI Seminário Visões do Vale, evento de debates realizado pela UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais/Polo Jequitinhonha, em Belo Horizonte, a mesa Movimentos Culturais no Vale do Jequitinhonha abriu o ciclo de palestras.
Da esquerda para a direita: Luiz Santiago, Tadeu Martins, João Valdir e Mateus Servilha, debatendo movimentos culturais no Vale do Jequitinhonha

Entre os objetivos dessa discussão está discutir a importância que os movimentos culturais tiveram na formação do Vale e na mudança de imagem de Vale da pobreza, para vale da riqueza cultural.

A Mesa foi mediada pelo professor João Valdir, de Turmalina, da Faculdade de Educação da UFMG e contou com 3 palestras, além de debates sobre o tema.

A primeira palestra foi do escritor Tadeu Martins, de Itaobim, que contou um pouco da história Jornal GERAES, que circulou no Vale do Jequitinhonha entre março de 1978 e julho de 1985. O jornal foi criado e desenvolvido por estudantes universitários do Vale, que moravam em Belo Horizonte, e se tornou um importante mecanismo de resistência à ditadura militar e de valorização e promoção das manifestações populares do Jequitinhonha. "O Vale avançou muito sim na saúde, educação, cultura; mas ainda tem muito que avançar", afirma Tadeu Martins. Ele também ressaltou os problemas estruturais, educacionais e financeiros que o Vale enfrenta e como esses problemas tem afetado a cultura.

Entre as ações culturais, o jornal foi responsável pela criação do Festivale, um importante evento de expressão da cultura. Luiz Santiago, de Pedra Azul, professor e pesquisador da UNIMONTES, realizou a segunda palestra e enfatizou bastante o papel do Festivale na formação cultural daquela região. Santiago falou da história, dos desafios que o evento enfrentou e que vem enfrentando para ser realizado e da necessidade de se criar um registro (livro) sobre o Festivale.

O terceiro a falar foi o professor e pesquisador da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Mateus Servilha, que abordou a trajetória e formação da região do Vale do Jequitinhonha. Ele também comparou os problemas enfrentados pelo Vale com outras regiões do mundo, além de comentar sobre a sua viagem de seis meses pela região. Outro ponto bastante explorado pelo pesquisador foi a criação de uma identidade regional no Vale. "Em 30 anos de luta pela identidade regional, o vale conseguiu mudar o olhar sobre ele, da pobreza para a riqueza cultural", afirma Servilha.
Fonte: Polo Jequitinhonha/UFMG

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