quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Deputado entrega pedido para criação de CPI sobre privatizações

Deputado entrega pedido para criação de CPI sobre privatizações
Rodolfo Stuckert
Marcos Maia,presidente da Câmra dos Deputados, espera que possível CPI não se transforme em mera briga política.

O deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) entregou nesta quarta-feira, 21.12, ao presidente da Câmara, Marco Maia, o pedido para a criação de uma CPI para investigar possíveis irregularidades em privatizações do Governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

O requerimento foi assinado por 206 deputados. A intenção é averiguar as denúncias apresentadas no livro "A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr.

O livro acusa, entre outras autoridades, o ex-governador de São Paulo José Serra de receber propinas de empresários que participaram das privatizações conduzidas pela gestão FHC.
Protógenes disse que não teme pressões para que parlamentares retirem as assinaturas até a análise do processo para a criação da CPI.
"Todos que assinaram firmaram o compromisso: ‘assinei porque quero esclarecer essa verdade'. Então, dificilmente vão retirar suas assinaturas."
Requisitos
Marco Maia explicou que as assinaturas serão conferidas pela Secretaria Geral da Mesa no início de 2012 e, se o pedido cumprir todas as exigências regimentais, a CPI será criada no próximo ano, juntamente com as comissões parlamentares de inquérito sobre o tráfico de pessoas e sobre o trabalho escravo.

O presidente espera que a CPI sobre privatizações não se transforme apenas em brigas políticas entre governistas e oposição. "É uma CPI explosiva, que tem contornos muito claros de debate político, mas tenho visto também nas declarações dadas pelo Delegado Protógenes que, na verdade, ela tem o intuito de esclarecer os fatos, de dar, inclusive, a oportunidade do contraditório aos acusados pelo autor do livro”, afirmou Maia.

Reportagem – Keila Santana/Rádio Câmara - Edição – Marcelo Oliveira
Postado pelo cientitsta político Rudá Ricci, no seu Blog De esquerda em Esquerda.

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