quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Coronel Murta: MDA e Emater teêm programa de orientação aos produtores sobre gestão da propriedade e comercialização

Coronel Murta: MDA e Emater em programa de orientação aos agricultores sobre gestão da propriedade e comercialização Uma gestão mais profissional da propriedade e a organização da produção voltada para a comercialização. Esse é o foco do trabalho desenvolvido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater–MG) com agricultores familiares do município de Coronel Murta, no Vale do Jequitinhonha, a 42 quilômetros de Araçuaí e 72 de Salinas. O acompanhamento dos extensionistas tem ajudado as famílias a controlarem seus gastos de produção e a participarem do mercado institucional.

As ações desenvolvidas no município fazem parte de convênio assinado entre a Emater–MG e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Em 2010, a empresa venceu o edital de Chamada Pública do MDA para a prestação de serviço de assistência técnica aos municípios do Território do Médio Jequitinhonha. Ao todo 2.800 famílias estão sendo beneficiadas.

O trabalho teve início em abril deste ano e vai até abril de 2012. Os temas desenvolvidos com as famílias são gestão da propriedade, organização da produção para comercialização e empreendimentos agroindustriais coletivos. Eles foram escolhidos de acordo com as características ambientais, socioculturais, econômicas e políticas da região.

Diversas ações são desenvolvidas simultaneamente, como diagnósticos de unidades produtivas, visitas técnicas, reuniões temáticas, encontros de planejamento e avaliação final. Cada território também realiza ações específicas, de acordo com o interesse e a necessidade dos envolvidos, como dias de campo e cursos de capacitação.

Em Coronel Murta, a Emater–MG orienta 18 famílias sobre gestão da propriedade e comercialização. Os produtores adotaram procedimentos como controle de gastos e receitas, organização e planejamento das atividades, visando maior produtividade e qualidade. Dessa maneira, eles conseguem ter uma visão geral da propriedade, identificar problemas com antecedência e buscar soluções e saber se a atividade desenvolvida está dando lucro.

“Os produtores não tinham o hábito de fazer esse controle. Mas com o trabalho de orientação da Emater–MG, essa prática se tornou comum entre eles”, diz o extensionista do escritório da Emater–MG, Ricardo Fróes.
Os extensionistas também orientam as famílias sobre a inserção dos seus produtos no mercado. Os agricultores frequentam cursos de capacitação para fabricarem produtos de qualidade e de boa apresentação. Os técnicos estimulam a participação dos produtores no mercado institucional, por meio de inciativas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

O papel da Emater–MG no programa vai desde a assistência técnica, mobilização de agricultores e suas organizações, emissão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), orientação e elaboração de projetos até a capacitação de agricultores em boas práticas de produção.

As famílias orientadas pela Emater–MG fornecem alimentos a 16 escolas municipais. A entrega acontece semanalmente. Entre os produtos estão rapadurinha, alface, beterraba, cenoura, farinha de mandioca, bolos e biscoitos.

Nelson Carvalho Costa produz hortaliças, milho e mandioca, mas antes das orientações da Emater-MG nunca havia se preocupado em fazer anotações sobre a produção. “Isso dificultava bastante. Eu não tinha certeza do quanto gastava e qual era o meu lucro real. O controle dá mais segurança, porque tem como saber exatamente o que está acontecendo nas lavouras e horta”, afirma.

Para Nelson, o fornecimento de alimentos para as escolas municipais também é importante para os agricultores do município. Segundo ele, a participação no Pnae é uma garantia de mercado. “Antes era mais difícil vender os nossos produtos. Hoje, temos um destino certo para eles”, explica.

Agência Minas

Nenhum comentário:

Postar um comentário