domingo, 6 de janeiro de 2013

Hoje é dia de Santos Reis!

Hoje é dia de Santos Reis!
Passadas as festividades de fim de ano, diversos grupos culturais já se preparam para outra grande festa no Vale do Jequitinhonha: a Folia de Reis, comemorada neste dia 6 de janeiro. O festejo é uma forma de veneração dos três reis, originários de regiões próximas ao Oriente Médio, que, segundo a crença cristã, se deslocaram ao local de nascimento de Jesus Cristo, guiados por uma estrela, com a intenção de conhecer e homenagear aquele que acreditavam ser o messias. Folias de Reis de Cachoeira, em Chapada do NorteMelquior, Baltazar e Gaspar presentearam o menino com ouro, incenso e mirra – símbolos de riqueza, respeito e imortalidade. Estudos apontam que o culto aos Reis Magos nasceu na Europa Medieval, em meados do século VI, e foi imortalizado dentro da cultura folclórica não só no velho mundo, mas também na América após as expedições do século XV.

No Brasil, o culto aos reis foi adquirindo características específicas e se transformou na conhecida Folia de Reis. Ao longo do tempo, a confluência dos valores culturais europeus com os costumes locais tornou as folias bastante populares, em função da união de cores e canções, e de características sagradas aliadas a profanas ou pagãs.

O festejoA festa começa com a chegada da corte (rei, rainha, pajem, alferes, mordomos, palhaços, fidalgos e capitão), com o menino Jesus nos braços. O grupo vai de casa em casa tocando tambores, violas e pandeiros, e entoando canções tradicionais. Adereços, como o estandarte, com a imagem do Divino Espírito Santo, representado por uma pomba, fitas coloridas e uma coroa também fazem parte da festa e são conduzidos pelo pajem do grupo. A Folia de Reis se desloca visitando as casas e cabe à dona da residência oferecer alimentos e bebidas aos foliões e aos que os seguem.
Folias de Reis de Cachoeira, de Chapada do Norte, no Médio Jequitinhonha, nordeste de MinasÉ função do palhaço arrecadar donativos para distribuição a comunidades carentes. O mascarado, dentro de casa ou mesmo no terreiro, dança a mazurca, o samba, a valsa ou a chula e faz versos para a plateia e para os donos da casa. Nos versos, que na maioria das vezes são improvisados, o palhaço pode contar sua história, sua função na folia, falar sobre futebol, notícias de jornal, ecologia, entre outras coisas. Esses versos são utilizados como uma brincadeira para recolher o dinheiro oferecido pelo público.
Texto-base do IEPHA - Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais

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