sábado, 17 de março de 2012

Capelinha, Araçuaí e Almenara terão campus da UFVJM

A UFJM é cada vez mais nossa! 
CONSU aprova campus em Capelinha, Araçuaí e Almenara
A UFVJM - Universidade Federal dos Vale do Jequitinhonha e Mucuri terá sua expansão com campus a serem instalados em Capelinha, no Alto Jequitinhonha; Araçuaí, no Médio Jequitinhonha; e Almenara, no Baixo Jequitinhonha, Esta foi a decisão do CONSU - Conselho Universitário, nesta sexta-feira, 16.03, em Diamantina.
Comemoração da caravana de Capelinha, Araçuaí e Almenara, nas escadarias da Reitoria da UFVJM
Os conselheiros analisaram o Relatório e Parecer Técnicos de uma Comissão formada especialmente para fazer estudos de viabilidade de 7 cidades candidatas  a sede de campus.
Os critérios adotados foram de densidade populacional, infra-estrutura, densidade educacional, acesso a outras cidades, PIB, comunicações, transportes e rede de serviços disponíveis.
As 7  cidades se mostraram viáveis. Foram elas: Capelinha, Itamarandiba e Minas Novas, no Alto Jequitinhonha; Araçuaí e Itaobim, no Médio Jequitinhonha; e Almenara e Jequitinhonha, no Baixo Jequitinhonha. 
Higino Pedro, Nádia Paulino, de Araçuaí, Fabiany Ferraz, prefeita de Almenara, e Secretária de Saúde de Pedra Azul.
Por 20 votos a favor, 8 contra e 2 abstenções, os conselheiros aprovaram a proposta da Comissão Técnica de indicar Capelinha, no Alto; Araçuaí, no Médio, e Almenara, no Baixo Jequitinhonha, como sede de campus,  A proposta de incluir o campus de Nanuque, no Vale do Mucuri, foi também aprovada, mesmo com resistência do Reitor Pedro Ângelo, também presidente do CONSU.
Conselheiros do CONSU em momentos de decisão da expansão da UFVJM 
A reunião do CONSU foi assistida por 9 prefeitos e três representantes de municípios. O Movimento A UFVJM é nossa! foi representada por Álbano Silveira Machado, de Berilo, Higino Pedro e Nádia Paulino, de Araçuaí. Como só podia participar da reunião um representante de cada município, credenciado anteriormente, até o dia 13.02, na Reitoria, os prefeitos José João Figueiró, de Francisco Badaró, Dim Martins , de Virgem da Lapa, e Edson Lago, o Manim, de José Gonçalves de Minas, fizeram o credenciamento dos representantes da sociedade civil.  
Muitos cidadãos do Vale do Jequitinhonha, vereadores, jornalistas, servidores públicos, professores, estudantes, comerciantes e outras lideranças estiveram no prédio da Reitoria e desejavam participar da reunião. Houve um início de tumulto, antes da reunião, pois a participação foi limitada a 35 participantes que haviam credenciado anteriormente. As duas entradas do Plenário foram fechadas com tapumes de madeirite, com seguranças na entrada controlando quem podia entrar.. Só teve permissão de assistir a reunião , sem direito a fala, os prefeitos e três representantes do Movimento A UFVJM é nossa!  
A reunião foi tranquila, começando às 14:30 horas e terminando às 16:42 horas.
O professor Joerley , membro da Comissão Técnica, apresentou os dados dos municípios, os estudos realizados e comparações entre as cidades candidatas.E demonstrou porque as e cidades foram escolhidas. Dois conselheiros propuseram que todas as 7 cidades fossem incluídas no PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional , deixando para o MEC - Ministério da Educação decidir em qual cidade seria instalado cada campus.
Houve um debate acalorado com a defesa de autonomia da Universidade e decisão técnico-científica de escolher as 3 cidades.Muitos conselheiros reclamaram da tentativa de uso político e eleitoreiro da UFVJM.Apontaram que alguns representantes políticos queriam unidades em seus municípios como bandeira eleitoral. Quando a Universidade necessitava de parceria para os projetos e atividades não se comprometiam.    
O Reitor Pedro Ângelo Abreu argumentou que é preciso responsabilidade no planejamento da expansão. As cidades devem ser aquelas com maior infra-estrutura para evitar a rotatividade de professores e técnico-administrativos, pois até em cidades maiores, como Diamantina e Teófilo Otoni, este fenômeno acontece, dificultando o funcionamento de campus.  
Reitor e conselheiros exaltam Movimento A UFVJM é nossa!
O Reitor Pedro Ângelo abriu a reunião, lembrando toda a luta do Movimento A UFVJM é nossa! e a contestação da instalação dos campi em Unaí e Janaúba. Lembrou que também a Universidade se sentiu ultrajada, pois tal decisão foi imposta pelo MEC. Daí, surgiu o Movimento que mexeu com toda a população do Vale do Jequitinhonha, desde agosto de 2011.Aquela reunião seria para atender ao clamor do povo da região e à necessidade de expansão da UFVJM.
Vários conselheiros seguiram na mesma linha, afirmando que o Movimento contribuiu e muito para que a Universidade debatesse mais profundamente a sua expansão e decidisse pela inclusão de 3 novos campi.
Foi solicitado que o Movimento debatesses no interior da região, partindo da prática e realidade de cada região para se instalar unidades da Universidade de forma real e concreta, sem problemas de estruturação, com a participação de todos os órgãos públicos.  
Comemoração no Vale
Capelinha virou uma festa na noite desta sexta-feira. Era gente se abraçando, chorando, felizes com a conquista da Universidade. A Praça do Povo não cabia de tanto povo.Naquela mesma Praça onde, no dia 25.11, juntaram-se mais de 7 mil pessoas para exigir a criação de campus na cidade.  
Em Araçuaí, a partir das 17 horas, foi realizada carreata, foguetório e ajuntamento de gente em todo canto, cantando e brindando. Na noite, os bares se encheram com comemorações em toda a cidade.
Em Almenara, Zinelma Calheiros, lider do Movimento na cidade, disse que o povo foi pras ruas realizando buzinaço e carreata, com o foguetório comendo solto. 

3 comentários:

Maria do Rosario Sampaio disse...

O que mais podemos dizer? LIIIIINDOOOO! A luta continua companheirada!

Rogério Adriano disse...

Parabéns para o povo do Jequitinhonha, que mostrou o seu valor e fez valer sua voz.

Marcos Silva disse...

Precisamos lembrar que os trabalhos estão apenas começando. O povo do vale mostrou que se motivados e se a causa for justa a adesão acontece. 1ª etapa vencida, a mobilização continua para a continuidade do processo. Precisamos lembrar que uma vez iniciadas as ações devem continuar num processo normal, mas precisa do povo como a energia eólica necessita do vento.

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