segunda-feira, 30 de abril de 2012

Padre Paraíso: Jovem que matou 3 é condenado a 24 anos de prisão

Familiares acharam a pena branda pelos três crimes bárbaros cometidos

not 609b762da7ca499cb7619c057156f084 Jovem que matou 3 em Padre Paraíso é condenado a 24 anos de prisão
Rodrigo Ribeiro Duarte, 23 anos, ex-auxiliar administrativo da prefeitura de Padre Paraíso, no Médio Jequitinhonha, no nordeste de Minas,  a 100 km de Teófilo Otoni, foi condenado a 24 anos de prisão durante julgamento realizado no salão do Júri do Fórum de Araçuai.(MG), Vale do Jequitinhonha.
A acusação analisa a possibilidade de recorrer da decisão
O julgamento teve início às 9 da manhã e só terminou por volta das 2 horas da madrugada de 21/04.
Na madrugada de 9 de novembro de 2009, Rodrigo matou a tiros Gilliane Vieira de Oliveira, 19 anos que espera um filho seu, e o patrão dela,André Dantas Tavares Jardim, 37, dono de uma pizzaria.
O crime foi motivado porque Rodrigo,que tinha uma outra namorada, não aceitou a gravidez de Gilliane e usou André para atrai-la até o local do crime, o parque de Vaquejadas da cidade.
Os corpos que estavam dentro do carro do dono da pizzaria, foram encontrados por populares quando o dia amanheceu.
Os crimes chocaram a pequena cidade do Vale do Jequitinhonha e Rodrigo foi considerado o principal suspeito, já que as vítimas eram queridas por todos e não tinham inimigos. Nada foi roubado.
Rodrigo prestava serviços na Delegacia de Polícia Civil do lugar. Gostava de se mostrar armado e passava-se por detetive.
Durante toda a instrução do processo e perante o juiz, ele negou a autoria dos crimes porém, as provas foram suficientes para condená-lo a 24 anos de prisão que serão cumpridos no presídio de Igarapé, na região de São Joaquim de Bicas (MG), onde ele já estava preso desde 2009.
Decepção
julgamento 300x225 Jovem que matou 3 em Padre Paraíso é condenado a 24 anos de prisãoOs familiares das vítimas estão decepcionados com a sentença.
Para eles, a pena foi branda para os três crimes, já que Giliane estava grávida há mais de três meses.
“Estou analisando com calma a decisão. Estamos dentro do prazo para recorrer”, disse o promotor público Randal Bianchini que atuou como acusação no caso.
“Foi um crime continuado e por isso os três assassinatos foram julgados como um. Se a pena foi branda, a culpa não é do Juiz e sim do legislador”, explicou o promotor.
O advogado de defesa do ex-auxiliar administrativo foi o procurador do Estado aposentado, Antonio Patente.
Familiares, amigos, advogados e jornalistas acompanharam o julgamento.
Entenda o caso
Rodrigo Duarte era auxiliar administrativo da prefeitura de Padre Paraíso, cedido para a Delegacia de Polícia Civil do lugar e , por isso, gostava de se passar por detetive, andando armado pela cidade.
Ele conheceu Giliane em uma pizzaria de Padre Paraíso, onde ela trabalhava e era querida por todos.
Apesar de ter uma namorada, Rodrigo começou a “ paquerar” Giliane que acabou se engravidando do jovem, à época, com 20 anos.
Giliane pediu ao padrão, André Dantas que contasse a novidade para o auxiliar administrativo. Ela aproveitou para dar a notícias às suas amigas e também à namorada de Rodrigo.
Insatisfeito com a notícia, Rodrigo passou a denegrir a honra de Giliane, além de avisar que não iria assumir a paternidade do filho com o argumento de que a moça tinha acabado com a vida dele e com o seu relacionamento com a namorada.
Ele confessou para várias pessoas que iria fazer uma “ arrazadeira” com quem estivesse atrapalhando seu namoro.
A partir de então, Giliane não mais o procurou mas, mandou-lhe uma mensagem pelo celular que a criança seria um menino.
O crime
Na madrugada de 9/11/2009 Rodrigo encontrou André Tavares que havia acabado de fechar sua pizzaria.
Depois de uma breve conversa entre ambos, André Tavares ligou para Giliane avisando que lhe daria uma carona. André foi junto com os dois, no banco de trás do carro.
No dia seguinte, os corpos de André e Giliane foram encontrados dentro de um Gol, de propriedade de André Tavares. Cada um foi alvejado com um tiro na cabeça.
Considerado como o principal suspeito do crime, Rodrigo foi preso três dias depois por ordem do juiz da Comarca de Araçuaí, Luiz Augusto de Sousa Melo.
Fonte: Jornal Gazeta de Araçuaí

Um comentário:

Dayane alves disse...

Realmente a sentença foi branda pela crueldade, mas acredito q a familia tabem deveria processar o estado ou ate mesmo a policia e a prefeitura que facilitou de certa forma este crime acontecer, pois se eles não dado arma e moral a este individiuo talves nada disso teria acontecido....

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