quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Chacina de Felisburgo completa oito anos sem punição dos suspeitos


O julgamento dos acusados está marcado para acontecer no dia 17 de janeiro do ano que vem, em Belo Horizonte

Foto: divulgaçãoChacina de Felisburgo completa oito anos sem punição dos suspeitos
A chacina ocorreu no acampamento Terra Prometida. Além dos assassinatos, vários barracos e a escola foram queimados
Após oito anos de um dos crimes que mais chocaram a população nacional, nenhum dos suspeitos ainda foi punido. Cinco pessoas foram assassinadas e quinze, entre elas uma criança na época com 12 anos, ficaram feridas, na chamada Chacina de Felisburgo(MG), no Vale do Jequitinhonha.

Com o intuito de cobrar uma solução para o caso, uma audiência pública foi realizada na manhã de terça-feira (20) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e outros movimentos sociais, além da familiares das vítimas, estiveram presentes e cobraram a condenação dos criminosos, a indenização das famílias e a regularização da terra onde vivem 62 famílias e que motivou a chacina. 

Além da audiência pública, um protesto foi realizado à  tarde em frente ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
O dirigente nacional do MST, Ênio Bohnenberger, esteve na audiência e na manifestação e disseu que o que eles querem é uma atitude das autoridades para que os responsáveis pela tragédia sejam punidos. "Queremos que a sociedade relembre o caso, pois, esse tipo de massacre acontece devido ao sentimento de impunidade. E que aconteça uma pressão para que os envolvidos sejam punidos”.
  
O julgamento dos acusados está marcado para acontecer no dia 17 de janeiro do ano que vem, em Belo Horizonte. “Conseguimos transferir o júri para a capital para que se evitasse a influência política do empresário no Vale do Jequitinhonha”, justificou o deputado que requiriu a audiência, Rogério Correia (PT) em relação ao latifundiário Adriano Chafik, que teria encomendado o crime.
  
A chacina
 Conforme denúncia do Ministério Público, no dia 20 de novembro de 2004, possivelmente a mando do latifundiário Adriano Chafik e seu primo, Calixto Luedy, dezessete homens invadiram o acampamento Terra Prometida, em Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha, e promoveram um massacre. Além das pessoas assassinadas e feridas, vários barracos e uma escola foram queimados.
Fonte: Hoje em Dia

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