domingo, 10 de fevereiro de 2013

Carnaval de Minas Novas arrasta 30 mil foliões pelas ruas da cidade

Minas Novas: “Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu”

Nunca vi coisa igual, em cidade do interior. O trio elétrico, eletrizado pelas bandas Foguetão Baiano e K Levada, arrastou uma multidão em volta do trio elétrico: atrás, dos lados e à frente. No sábado à noite e madrugada de domingo, neste carnaval de 2013. Começando às 23:40 horas, de sábado, a festa foi até as 7 horas da manhã, de domingo.

O povo pulava, ria, bebia, fazia graça, cantava, dançava, andava marcando compasso do ritmo frenético dos diversos ritmos, beijava, abraçava, dava mãozinha, praticava a mão boba, a mão única no itinerário do trio elétrico.

Como diz a carnavalesca Fátima Sena, lembrando Caetano Veloso: "atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu". Jaci Pinheiro acrescentou: "este carnaval de Minas Novas levanta até defunto".

Eletrizando alegrias ou ressuscitando desejos, o Carnaval Bom Dimais mexe com a alma foliona do povo do município e das cidades vizinhas, do Médio e Alto Jequitinhonha, no nordeste de Minas: Capelinha, Veredinha, Aricanduva, Turmalina, Novo Cruzeiro, Chapada do Norte, Berilo, Leme do Prado, José Gonçalves de Minas e outros.

Mais de 30 mil pessoas  brincando o Carnaval que o Juiz quis proibir por falta de segurança. E prendeu a festa popular, na sexta-feira. Outro Juiz viu esperança e deu alvará de soltura à alegria e folia estancadas nos corpos e mentes, sãos e dementes  dos foliões de Minas Novas.

Uma massa de gente, multidão de alegria preencheu a avenida Marechal Deodoro, das imediações  da Igreja do Rosário até a Praça Dona Olívia Leite, à porta da Câmara Municipal, ao lado do Fórum.

Dirlane Silva, Assistente Social de Coronel Murta, subiu na sacada da casa de Dona Elisa Mota, perto da Igreja do Rosário,  e vislumbrou um mar de gente. Arrepiou: "Nunca vi coisa igual. Na quantidade de gente e  na alegria espalhada em cada um e em todos".

Dalton Silveira, folião e compositor do frevo "Carnaval Bom Dimais de Minas Novas", explicava para a repórter da Inter TV, afiliada da TV Globo, porque este carnaval é genuinamente o mais popular de Minas. Não precisa abadá, nem camarote. O passaporte é a alegria e vontade de viver a vida.  

Um bloco caricato, organizado pela foliona Deyse Magalhães, com cerca de 40 participantes, animava, servindo a cultura colonial de Minas Novas, no avental dos homens com fraque, e nas mulheres de branco, com máscaras. O Sobradão, símbolo da cultura colonial da cidade, estampava a fantasia.

Cultura de Minas Novas, quer ser servido?  

Nenhum comentário:

Postar um comentário