quarta-feira, 20 de março de 2013

14 Prefeitos do Vale do Jequitinhonha/Mucuri e norte de Minas cobram soluções sobre a seca na região


Proposta apresentada ao governo de Minas é de construção de barragens e barraginhas

Diário de Minas - A questão da seca e problemas de infraestrutura e acesso na cidades dos vales do Jequitinhonha e Mucuri e no norte de Minas foram discutidos na Cidade Administrativa, dia 11.03, com o governador Antonio Anastasia, por 14 prefeitos de municípios destas regiões mineiras. De acordo com o deputado Luiz Henrique (PSDB), vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa de Minas e responsável pelo encontro, o governador se mostrou sensível às reivindicações dos prefeitos, e vai analisar os pedidos.
Entre os assuntos, a perenização de alguns rios na região com a construção de barragens e barraginhas para minimizar os problemas.

Encontro contou com 14 prefeitos , tendo sido agendado pelo deputado Luiz Henrique (PSDB)
Ainda segundo o deputado, o barramento das águas, propiciando a agricultura irrigada, seria um fator também de inclusão social, com o consequente resgate da dignidade e cidadania das populações que sofrem com o flagelo da seca. Luiz Henrique acredita que poderia ser testado na região, inclusive, um processo de indução de chuvas, com aviões fazendo o bombardeamento das nuvens por produtos químicos.
Ilustrando o problema, o deputado tucano ressalta a situação da barragem Bico da Pedra, em Janaúba, que está com o nível tão baixo que pode ser necessária a utilização de bombas para que a água caia no canal, o que normalmente é feito por gravidade.
Outro exemplo citado por Luiz Henrique foi a cidade de Monte Azul, no norte de Minas, onde a seca está obrigando a prefeitura a utilizar carros-pipa para suprir a população.
Uma barragem que já tem até projeto, a de Santa Rita, a ser construída também no rio Araçuaí, além de também incentivar a agricultura irrigada, tem previsão de geração de 80 MW de energia, beneficiando as cidades de Chapada do Norte, Turmalina, Carbonita e Veredinha.
Além das construções de barragens, na opinião do deputado é necessário também conscientizar a população para o uso sustentável das águas, e ele cita uma frase do professor de Sociologia da UFMG, João Valdir, natural de Turmalina, que diz que, com relação à consciência da preservação, ao invés de deixar um mundo melhor para os nossos filhos, devemos é deixar filhos melhores para o mundo.
 Regiões são foco do governo mineiro
O deputado Luiz Henrique acredita na solução dos problemas pelo governador Anastasia, e diz que as regiões dos vales do Jequitinhonha e Mucuri e do norte de Minas já são foco do Executivo mineiro, salientando a criação, pelo então governador Aécio Neves, de uma Secretaria extraordinária para cuidar destas regiões, secretaria esta que se tornou definitiva na gestão Anastasia. As regiões têm recebido benefícios como redução de impostos para viabilização da implantação de indústrias, como aconteceu em Montes Claros com a chegada das fábricas da Alpargatas e da New Holand.
O deputado diz ainda que outro ponto a beneficiar a região será a criação da Região Metropolitana de Montes Claros, com a inclusão de outros 10 municípios, o que vai integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
O parlamentar chama a atenção ainda para o potencial fruticultor do norte de Minas, com o sucesso do projeto Jaíba, em parceria com o governo federal, que tornou a cidade do norte de Minas exemplo de qualidade na produção de frutas no semiárido. Outras cidades beneficiadas na região são Matias Cardoso, Janaúba e Manga.
O deputado Luiz Henrique afirma também que aguarda apenas o sinal verde do governador Antonio Anastasia para a criação da lei que vai criar o Fundo de Desenvolvimento Regional (Funder). O Funder vai captar recursos para incentivar projetos de cooperativismo, tecnológicos e produtivos, recursos estes que o deputado acredita virão do novo Marco Regulatório da Mineração, que está em estudo em Brasília. Pelo Novo Marco, a Cfem (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), royalty que é pago pelas empresas que exercem atividades de mineração, pulará de 2% do valor líquido para 4% do valor bruto, o que mais que dobrará os recursos arrecadados pelo estado com a exploração.
Fonte: www.diariodeminas.com

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