segunda-feira, 8 de abril de 2013

Capelinha tem baixo Índice de aprovação em exames de rua para motorista

A média de aprovação foi de 18,1%, nos últimos 4 meses
CONTRAN exige o mínimo de 60% por auto-escola
Candidatos a condutores de veículos reclamam da grande exigência dos Examinadores do DETRAN de Capelinha
Nem 20% dos candidatos conseguem tirar a Carteira de Habilitação, na cidade 
de Capelinha,  no Alto Jequitinhonha, no nordeste de Minas Gerais

Hélio de Sousa, no UAI Notícias - Um levantamento realizado pelo UAI Notícias por meio 
de dados do Departamento de Transito de Minas Gerais (Detran-MG), sobre os índices de 
aprovação mensal de candidatos, apontou que os Centros de Formação de Condutores, em 
Capelinha, tiveram um índice de aprovação nos exames práticos de direção abaixo da média 
exigida pelo  Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

De acordo com os números do Detran do estado, nas provas da categoria B, para veículos 
automotores de quatro rodas e de lotação máxima de oito lugares, a média de aprovação foi 
de 18,1%, bem menor do que os 60% exigidos para cada CFC  - Centro de Formação de 
Condutores. 
Já para a categoria A, de veículos de duas ou três rodas, os números foram um pouco melhores. 
Dos 4 CFCs  credenciados que participaram do exame, dois ultrapassaram os 42%  de 
aprovação, ainda abaixo do que exige a Resolução 358/2010, do CONTRAN, no seu artigo 11. 

Já nas provas de Legislação, todas as autoescolas tem bons índices de aprovação.
Veja tabela abaixo, com dados fornecidos pelo DETRAN-MG:


A queda na aprovação no exame para as categorias, tem sido motivo de preocupação das 
autoescolas e do Detran de Capelinha. O gerente da autoescola Transitar, de Capelinha, 
Valter, se diz preocupado  com os problema no índice de aprovação. Para ele, o problema 
é geral, e o principal motivo de reprovação no exame é o nervosismo e a rigidez no exame. 
“Aqui temos alunos que foram reprovados 6 e até 7 vezes no exame de direção”, afirmou ele.   


Já Geraldo Barbosa, da Auto Escola Liderança, reclama da grande evasão de pessoas 
para outras regionais do Detran já que o índice de reprovação na regional é alto. “Muitos 
alunos estão preferindo transferir suas pautas para as regionais de Araçuaí, Guanhães, 
Pedra Azul e até mesmo para o estado da Bahia”, enfatiza ele.

Geraldo afirma que o índice de reprovação começou a diminuir nos últimos 6 meses.  
Também disse que o local do exame não influencia no aumento desse índice. “Nós temos 
a precaução de só encaminhar aluno quando ele realmente está preparado. Mesmo assim, 
a reprovação é grande”, termina ele. Para ambos dirigentes de CFCs, a baliza é a principal 
responsável pela reprovação dos alunos.
Auto-escolas jogam a responsabilidade em cima do nervosismo 
dos candidatos

O Uai Notícias também procurou a CFC São Cristóvão, mas o diretor de ensino responsável 
não estava.
Por isso, não foi possível se pronunciar sobre o assunto.

Delegado busca soluções para baixa aprovação 
O Delegado Regional de Polícia Civil, Rômulo Quintino da Silva, também está preocupado
 com baixo índice de aprovação nos exames de quem busca passar no exame prático de automotores 
de quatros rodas com capacidade máxima de até oito lugares.

Segundo ele, a reprovação no exame é resultado de uma série de fatores que vão desde a falta 
de preparo dos candidatos até o nervosismo na hora do exame. “O nervosismo no momento do 
exame tem sido um dos grandes fatores que levam a reprovação do candidato”, disse ele.

“Temos feito junto com as autoescolas e os examinadores diversas reuniões para tentar encontrar 
melhores soluções. Uma das sugestões dadas pela Regional às autoescolas é a aplicação de um 
simulado do exame aos alunos. Dessa forma, os alunos diminuiriam o nervosismo e teriam mais 
capacidade de enfrentar a banca”, enfatizou ele.


Atualmente, uma nova Resolução estabelece uma distancia máxima do meio fio de 40 cm, no teste 
de rua da baliza. A nova Resolução garante maior aprovação dos alunos nos exames. 

Quintino avalia ainda que o maior índice de aprovação para categoria A de veículos de duas ou 
três rodas é devido muitos candidatos já terem prática antes de direção. “Muitos destes candidatos 
que tentam CNH para moto são oriundos da zona rural e, na maioria das vezes, já andam de moto. 
Por isso, apresentam melhor preparação para o exame”, disse ele.

O Delegado alerta sobre o risco de pessoas que tentam carteiras facilitadas. “Nossa regional 
já cassou várias habilitações falsas. O risco é muito grande para pessoas que buscam habilitações 
dessa forma”, finalizou ele.

2 comentários:

Fernando Gripp disse...

Banu, será que o problema não é anterior? Antes de ir ao exame prático eles estão preparados psicologicamente para os exames? Qual o índice de aprovação no psicotécnico? Será que os erros estão somente nos candidatos? Como eles estão sendo avaliados? Taí uma boa discussão.

Álbano Silveira Machado disse...

Fernando, esta é uma boa questão. Poucos ou quase nenhum leva pau anos exames psicotécnicos.
Na fase seguinte, a Auto-escola pouco forma, não há processos de avaliação mensurar a aptidão do candidato(a).
Nas auto-escolas pouco se educa. A formação de habilidades depende quase que exclusivamente dos (as) candidatos (as). Não há um processo de aprendizagem respeitando o ritmo e o jeito de cada um ou uma. E olha que as aulas são individuais o que possibilitaria uma aprendizagem bem produtiva. E isso pouco acontece. Uma preparação psicológica do(a) candidato(a) é essencial. E não há nada neste sentido. Os Instrutores pouco são preparados neste quesito. Dirigir uma máquina como um automóvel não é fácil. Pode dar prazer e conforto. Porém, conduzir esta máquina é cada vez mais perigosa. Não é à toa que as pessoas mais sensíveis e responsáveis são as que mais tremem no teste das balizas e exames de rua. A vida do condutor e das pessoas no entorno do carro correm perigo com a possante máquina nas cada vez amais estioradas pistas de veículos. Há pouco espaço para a fuga dos pedestres. Repetir exames exige mais aulas nos CFC, a popular autoescola. Cada aula varia de 35 a 40 reais. A cada teste são cerca de 10 aulas ou R$ 400 para a auto-escola. E gastos com tranquilizantes dos cada vez mais ansiosos candidatos. Uma CNH sai por R$ 1.300 a R$ 5.000, dependendo das repetições de exames. Os CFC deveriam ser melhor avaliados para renovar seus credenciamentos. Mas...................

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