sábado, 29 de junho de 2013

Governo de Minas só investe na Região Central que arrecada 80% de Minas. Jequitinhonha/Mucuri tem apenas 0,22% da arrecadação estadual.

Os grandes projetos estruturantes que geram emprego e renda foram implantados na região metropolitana de BH e Região Central, onde concentra mais de 80% da arrecadação estadual


Nenhum projeto importante foi instalado nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri 

Mesmo com a promessa do Governo de Minas de levar o desenvolvimento aos rincões do estado, a região Central continua a responder por quase 70% da arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que corresponde a mais de 80% de toda a receita tributária mineira.

As regiões mais pobres, como Jequitinhonha e Mucuri, não conseguem chegar a 1% de arrecadação com o ICMS, o que mostra que elas continuam à margem do desenvolvimento.

É o que revelam os números do governo encaminhados ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e que fazem parte do relatório técnico sobre as contas do governador Antonio Anastasia (PSDB), referentes ao ano de 2012.

( O relatório é elaborado pelo TCE que segue a linha de pensamento do Governo estadual. Não é documento de denúncia da oposição, nem de nenhum cientista político com mania de favorecer a esquerda).

É na região Central que se concentram grandes indústrias. Com a movimentação financeiraconcentrada nos municípios centrais, a arrecadação de ICMS correspondeu a 68,87% do total apurado pelo Estado em 2012.

A situação se inverte quando o foco são os municípios localizados na região do Jequitinhonha e Mucuri. Após anos de promessas de melhorias nas condições econômicas, preponderantes no reflexo social, a região continua a apresentar os piores indicadores econômicos. Foi responsável por apenas 0,22% da arrecadação estadual.

(Não há um só projeto estruturante que gere emprego e renda no Vale do Jequitinhonha. Somente migalhas de políticas compensatórias. Mesmo assim, são migalhas que chegam na região). 

Concentração
“Conforme ressaltado pela Unidade Técnica, no que se refere à contribuição das regiões de planejamento para a arrecadação, nota-se uma excessiva concentração na região Central.

O Triângulo e o Sul de Minas, regiões também economicamente importantes, respondem juntos por 18,02% da receita em foco. As três regiões menos desenvolvidas do Estado, Jequitinhonha/Mucuri, Norte e Noroeste de Minas, mal chegam a responder por 1,5% do total”, diz trecho do relatório do TCE.

No Jequitinhonha e Mucuri é o comércio o setor de destaque. Ele responde por 49,44% da movimentação tributária da região.

(O comércio nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri é esquentado pelos recursos de Programas Sociais do Governo Federal como o Bolsa Família que investe na região benefícios para mais de 100 mil famílias que recebem a média de R$ 149,50/mês, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social. São mais de R$ 15 milhões despejados por mês na frágil economia dos pequenos municípios que esquentam um pouco a economia local, principalmente o comércio de alimentos, roupas e eletrodomésticos). 

Já na Central, é a indústria de transformação que garante o desenvolvimento econômico, com 42,17% de arrecadação de ICMS da região. Ela vem seguida do setor de serviços.

(Embora o subsolo do Vale do Jequitinhonha tenha minerais raros como o nióbio, granito, grafite, magnésio, lítio e outros, além de pedras preciosas, não há investimento nem preocupação do governo de Minas em incentivar a exploração destas riquezas minerais).

É exatamente a indústria de transformação que garante a maior receita tributária para o Estado de Minas Gerais. Se somados todos os setores, ela representa 47,42% do total arrecadado em ICMS no ano passado.

Fonte: Hoje em Dia, com observações em vermelho.

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