terça-feira, 1 de outubro de 2013

Anastasia autoriza asfalto de R$ 150 milhões no noroeste de Minas. Vale do Jequitinhonha continua esperando.

Rodovia de 94,8 quilômetros atende ao agronegócio do gado, soja e milho de Paracatu e João Pinheiro.

Dois trechos dos Caminhos do Vale são menores, mas estão na poeira: Virgem da Lapa-Lelivéldia-Ijicatu e Chapada do Norte-Leme do Prado.  



O governador Antônio Anastasia autorizou, na semana passada, dia 25.09, na cidade de Paracatu, no noroeste de Minas, perto de Brasília, o início de obras de pavimentação do trecho de rodovia entre os entroncamentos LMG-690 (Paracatu) - Entre Ribeiros - MG-181 (Brasilândia de Minas). 
A obra contará com investimentos de R$ 149,9 milhões, incluindo desapropriações. O trecho possui 94,8 quilômetros e está entre os dez mais extensos do Caminhos de Minas.
Esta obra passará por muitas fazendas de gado, soja e milho, servindo à pequena cidade de Brasilândia de Minas, em um município de 12. 821 habitantes, emancipado de João Pinheiro, em 1997.  
Por que o Governador não investe no Vale do Jequitinhonha?
Porque o Vale do Jequitinhonha não tem lideranças políticas - deputados estaduais e federais - que pressionam o governo para executar obras estruturantes como pavimentação de estradas, hospitais regionais ou investimentos em energia e comunicações para atrair investimentos públicos e privados.
Esta obra no noroeste acontece devido à pressão dos deputados estaduais Mauri Torres (PSDB) e Gustavo Perrela (PV), deputados federais  Antônio Andrade e Silas Brasileiro (PMDB), Eros Biondini (PTB).
O Vale do Jequitinhonha não tem parlamentar que pode chamar de seu. Sempre a prioridade do deputado estadual ou federal é sua terra de origem. Depois, se sobrar ele pensará no Vale, que só serve para complementar sua votação e decidir sua eleição.
Esta obra de asfalto anunciada para o noroeste tem uma extensão maior que o trecho entre Virgem da Lapa-Lelivéldia-Ijicatu (José Gonçalves de Minas), no Médio Jequitinhonha, que ligaria o Vale pela via asfáltica. São apenas 40,5 km de asfalto. 
Outra obra fundamental é o asfalto entre Chapada do Norte e Leme do Prado, com apenas 18 km. 
Ou seja, 58,5 km aplicados no Vale do Jequitinhonha dariam um impacto sócio-econômico muito grande. Cerca de metade do investimento da obra anunciada no noroeste de Minas.
Há vários outros trechos ns Caminhos do Vale que necessitam urgente de pavimentação como Capelinha-Itamarandiba-Senador Modestino Gonçalves, Araçuaí- Novo Cruzeiro e Almenara-Pedra Azul, entre tantos outros.
Mas, o agronegócio e os interesses de deputados votados no noroeste têm prioridade na agenda e investimentos do governo de Minas. 

Um comentário:

Rogério Adriano disse...

Caro Banu,
O povo do Vale esta despertando para cobrar as melhorias que a região precisa. Segundo informações do DER, os projetos do trecho Ijicatu - Virgem da Lapa e do Contorno de Minas Novas ficarão prontos em dezembro e a licitação da obra será feita em janeiro com possibilidade de inicio das obras em março de 2014.
Se fomos preteridos em relação a outras regiões, acredito que a culpa é nossa, porque nunca nos manifestamos ou cobramos como agora estamos fazendo, falar de lideranças políticas na região é perda de tempo, estamos muito atrasados neste quesito, temos muito que aprender e podemos começar votando certo nas próximas eleições. Parece que agora as melhorias em alguns trechos rodoviários do Vale vão sair, os projetos estão sendo elaborados. Vamos torcer e acompanhar!

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