terça-feira, 12 de novembro de 2013

UFVJM coleciona contratos de obras irregulares


Em 2011, o TCU notificou a instituição de ensino sobre a contratação de uma empresa para a construção dos prédios de ciências básicas e saúde, em Diamantina, e do restaurante universitário e praça de serviços do campus de Teófilo Otoni.

Foto: Eugênio MoraesUFVJM coleciona contratos de obras irregulares
Cinco intervenções no campus JK da universidade, em Diamantina, estão paralisadas
Os problemas na contratação de empresas para obras de ampliação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), denunciados pelo Hoje em Dia no último sábado (09.11), não são um caso isolado.

A instituição, que tem cinco intervenções paralisadas ou inacabadas no campus JK, em Diamantina – seja porque as vencedoras da licitação abandonaram o empreendimento ou faliram –, foi alertada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre falhas em outros contratos.

Em 2011, o TCU notificou a instituição de ensino sobre a contratação de uma empresa para a construção dos prédios de ciências básicas e saúde, em Diamantina, e do restaurante universitário e praça de serviços do campus de Teófilo Otoni.
Segundo o tribunal, a UFVJM aprovou os projetos básicos sem o desenho arquitetônico, além de escolher a empresa que apresentou orçamento superior ao previsto no edital.

Aditivos ao contrato, também maiores que o limite legalmente permitido, foram motivo de repreensão.

Em todos os casos, porém, os ministros do TCU entenderam que as falhas não implicavam em desperdício de dinheiro público, e a universidade não foi punida.

Resposta

No cargo de reitor desde 2002, Pedro Angelo Almeida Abreu garante que os problemas apontados pelo tribunal não estão relacionados à gestão. “O TCU não nos permite fazer balizamentos para restringir empresas que participam das concorrências. A lei que rege os processos licitatórios é absolutamente frouxa”, afirma, temendo que os problemas se repitam com empresas a serem contratadas no futuro.

Na última semana, uma reportagem  mostrou que o Campus JK se transformou em um canteiro de obras inacabadas. As do restaurante estudantil e das moradias universitárias estão paralisadas desde a falência da empresa contratada. Novas licitações serão abertas até o fim do ano, informa a reitoria.

No prédio da Faculdade de Odontologia, que está na fase de acabamento e instalações hidráulica e elétrica, uma nova empresa deverá ser contratada. Já o Núcleo de Geociências, também com o cronograma atrasado, tem previsão de entrega para janeiro.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), cabe às universidades definir seus projetos, elaborar as licitações e fiscalizar as obras.

Fonte: Hoje em Dia

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