segunda-feira, 5 de maio de 2014

Rebanho bovino teve perda de 400 mil cabeças entre 2013 e 2014.

 Produtores rurais mesclam atividades para driblarem a seca.

A má distribuição de chuvas tem trazido sérios prejuízos para ao Norte de Minas Gerais, conforme relatório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas (Emater).
“98% dos municípios tem no setor agropecuário a sua principal fonte de renda. Nós estamos passando ao terceiro ano de seca consecutivo. Perdemos três safras seguidas, o prejuízos disso a cargo de grãos, atinge a casa dos R$ 800 milhões isso sem contar as perdas da bovinocultura”, afirma o técnico da Emater Reinaldo Nunes.
Norte de Minas Gerais se recupera da pior seca dos últimos 40 anos (Foto: Nicole Melhado / G1)


Os impactos das perdas no campo refletem também as instituições financeiras no meio urbano. E uma alternativa para superar os desafios impostos nos períodos de seca tem sido as cooperativas de crédito.
Em Montes Claros, uma instituição foi criada inicialmente para atender clientes rurais, mas, atualmente, as mudanças no perfil de investidores na região ampliou a base de clientes da cooperativa de crédito. “Basicamente temos ainda quase 60% dos associados de produtores em nossa base aqui na cooperativa. E o restante vem de um perfil muito diversificado de clientes”, explica o presidente Dario Colares.
Segundo o presidente, a maior parte dos novos clientes são microempresários e algumas pessoas físicas. “Montes Claros se destaca como grande prestador de serviço. E o nosso cliente tem seu foco no setor produtivo”.
Ainda de acordo com o presidente, a cooperativa conseguiu um saldo positivo de R$ 181 milhões com o novo perfil dos investidores “Há uma descoberta a cooperativa de crédito na região. A pessoa se sente gratificada de estar inserida em uma cooperativa que tem seu foco, além do desenvolvimento social”, completa.
Na fazenda do produtor Geraldo Luiz Maia são produzidos cerca de 500 litros de leite por dia. No local ele possui um posto tubular que mantém água para o rebanho, mas como associado da cooperativa ele não descarta a possibilidade de recorrer ao crédito.
“O período mais crítico é este que estamos vivendo agora. Estou vendendo muito gado. Por enquanto estou aguentando, mas futuramente posso precisar do crédito para a ração. Estamos esperando chover, mas se não chover talvez tenho que recorrer a um novo empréstimo”, afirma o produtor Geraldo Luiz Maia.
Para driblar os efeitos da seca, o produtor rural Reinaldo Brant mesclou as atividades financeiras com investimentos imobiliários. “Está tendo uma crise por causa do período de seca. Para sobreviver tenho outros meios, mas de maneira geral os produtores estão enfrentando dificuldades”. (G1)

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