segunda-feira, 29 de setembro de 2014

BOLSA DE VALORES SINALIZA QUE DILMA PODE GANHAR EM 1º TURNO

Especuladores financeiros não gostam da Dilma por ela priorizar a indústria, serviços e programas sociais.
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Soma da pesquisa Datafolha com 40% de intenções para a presidente Dilma Rousseff, promessa não cumprida da revista Veja de lançar uma bomba sobre a sucessão e fiasco de Marina Silva no último debate entre candidatos agitam mercado financeiro.
Bolsa cai a 5,23% às 10h45, com ações da Petrobras iniciando o dia com perdas que já chegaram a 10%.
Investidores e especuladores contabilizam chance cada vez mais alta de Dilma liquidar a eleição já no domingo 5. Mercado financeiro nunca escondeu mau humor com a presidente.

29 DE SETEMBRO DE 2014 ÀS 11:05


Brasil 247 – O mercado financeiro acredita numa vitória da presidente Dilma Rousseff já no primeiro turno da eleição presidencial. 

É o que sinaliza o Índice Bovespa, em São Paulo, na abertura do pregão desta segunda-feira 29, a abertura da reta final da eleição presidencial. 

A soma de três fatores explicam a derrubado índice, puxada por uma baixa nas ações da Petrobras que chegava a 9% às 10h45: 1 - a pesquisa Datafolha, divulgada na sexta-feira 26, com 40% de intenções de votos para a presidente Dilma Rousseff e declínio da candidata Marina Silva, do PSB, além de uma parada na volta ao crescimento de Aécio Neves, do PSDB; 2 - a suposta bomba que não foi detonada na revista Veja, que prometia novas denúncias surgida na delação premiada do doleiro Alberto Yousseff; 3 - e o pífio desempenho de Marina no último debate presidencial, no qual não soube explicar seu voto contrário à CPMF.

Por todas essas razões, o mercado, que nunca escondeu não querer a vitória de Dilma, passou um recebo de que, politicamente, a seis dias das urnas, ela nunca teve tão boas condições como agora de vencer no primeiro turno.

Abaixo, notícia do site Infomoney, parceiro de 247:

Ibovespa cai mais de 5% após Datafolha, com Petrobrás despencando mais de 10%.

Atual presidente praticamente dobrou sua vantagem sobre Marina Silva (PSB) no primeiro turno da eleição

SÃO PAULO - O Ibovespa registra forte queda nesta segunda-feira (29), após pesquisas eleitorais divulgadas na sexta-feira à noite mostrarem nova melhora da presidente Dilma Rousseff na corrida presidencial. Às 10h20 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira caía 5,23%, aos 54.251 pontos.

Dentre os papéis que são negociados nesta manhã, destaque para Bradesco (BBDC3, R$ 35,24, -7,53%; BBDC4, R$ 35,58, -7,32%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 35,10, -6,90%), Itaúsa (ITSA4, R$ 9,44, -6,81%) e Eletrobras ON (ELET3, R$ 6,87, -6,28%). O dólar tem um dia de forte alta de cerca de 2%, enquanto os contratos de juros futuros com vencimento entre 2017 e 2019 chegam a subir entre 2 pontos percentuais e 4,5 pontos percentuais.

As ações PN da Petrobras têm queda de mais de 10%, após a petrolífera já marcarem queda de quase 10% em Nova York mais cedo. As ações ordinárias da Petrobras abriram em queda de 8,88% por volta das 10h12, a R$ 18,06, enquanto o Banco do Brasil cai mais de 8%. Os papéis da Vale caem mais de 2%, também repercutindo a nova queda do preço de minério de ferro. Em somente em um minuto de Bolsa, as ações da estatal já perderam R$ 12,39 bilhões na Bolsa e é a maior queda desde novembro de 2008, quando houve circuit break.

Levantamento do Datafolha mostrou que a candidata à reeleição pelo PT praticamente dobrou sua vantagem sobre Marina Silva (PSB) para o primeiro turno da eleição, no próximo domingo, e passou a ter vantagem numérica em relação à candidata do PSB em simulação de um segundo turno. Na mesma linha, pesquisa Sensus mostrou a petista liderando com folga as intenções de voto para o primeiro turno, ao mesmo tempo em que diminuiu a vantagem de Marina sobre Aécio Neves (PSDB).

O quadro externo desfavorável corroborava as perdas, com declínio nos índices futuros norte-americanos e nas bolsas europeias, em meio a manifestações civis em Hong Kong.

Vale ressaltar que o mercado havia registrado alta na última sexta-feira, esperando um Datafolha mais favorável à candidata Marina Silva, o que não aconteceu, mas também esperando novas notícias da Veja. A revista mostrou que a campanha de Dilma Rousseff em 2010 pediu dinheiro a Paulo Roberto Costa, diretor do abastecimento da estatal, mas não deve ter tantos efeitos sobre a candidatura da petista. Assim, o mercado pode devolver a alta registrada na última sexta-feira.

Em meio à alta do dólar, somente as ações das exportadoras Fibria e Suzano registram leve alta.

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