sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Saiba o que disseram os candidatos a presidente após o debate na TV Globo.

Marina evitou falar sobre apoio em 2º turno; Aécio disse estar confiante.
Dilma falou de propostas nas áreas social e externa e combate à corrupção.
Do G1, em Brasília

Os sete candidatos a presidente falaram de suas expectativas para a disputa no primeiro turno em entrevistas coletivas realizadas após o último debate na TV entre os presidenciáveis nesta quinta (2), na TV Globo, que o G1 acompanhou em tempo real e transmitiu ao vivo.

Veja abaixo como foi a coletiva de imprensa de cada um após o evento, na ordem em que foram entrevistados, e assista aos vídeos ao final desta reportagem.

Questionada, sobre uma possível união com Aécio Neves (PSDB) no segundo turno, Marina Silva (PSB) disse que só discutirá o assunto após o primeiro turno. “Até o dia 5 de outubro nós vamos continuar apostando no projeto que representamos para o Brasil”, disse. Ela também falou do baixo crescimento, que segundo ela ameaça o emprego.

A candidata defendeu melhorias na qualidade do serviço público, especialmente na saúde, educação, segurança e moradia. “Temos a clareza que a sociedade brasileira, que conquistou a duras penas alguns ganhos dentro da sua casa, agora quer ter um governo que amplie esses ganhos da porta para fora”, disse.

Ela ainda reafirmou proposta lançada durante o debate de criar um 13º pagamento no Bolsa Família. "Identificamos que além dos que estão sendo atendidos, nós temos cerca de 4 milhões de pessoas que ainda que vivam em situação de miséria, não têm acesso ao benefício", afirmou.

Luciana Genro
Na entrevista coletiva, Luciana Genro (PSOL) afirmou que, mesmo que não vença as eleições, o PSOL vai continuar lutando por reformas, como a taxação de grandes fortunas. Disse ter “convicção” de que medidas como essa não serão aprovadas num eventual governo de Aécio Neves, de Marina Silva ou na reeleição de Dilma. “Até porque eles são financiados pelos grandes bancos”, declarou.
Na sua avaliação, o debate mostrou os candidatos de forma mais espontânea porque não estavam “protegidos pelos recursos de marketing”. Luciana ainda criticou o menor tempo concedido aos partidos pequenos no horário eleitoral. “Tivemos discrepância de recursos de campanha, de tempo de televisão e da própria cobertura da mídia, que foi muito desigual”, queixou-se.

Aécio Neves
Na entrevista após o debate, Aécio Neves (PSDB) disse que tem projeto para o Brasil, não apenas propostas para as eleições. "Estou preparado para não apenas vencer as eleições, mas para dar ao Brasil um novo rumo", afirmou, destacando que vai trabalhar em equipe num eventual governo. Falou também na confiança em ir para o segundo turno, “possibilidade concreta e cada vez maior", segundo ele.

Ele disse que o governo petista vai deixar “a mais perversa das heranças: crescimento pífio, recessão técnica na economia, inflação alta, perda de credibilidade e denúncias de corrupção”. Disse representar sentimento de indignação da sociedade. "Estou pronto para encerrar esse ciclo do PT, mas mais do que isso, colocar no lugar um outro que funcione, que respeite o dinheiro público, que tenha coragem para conduzir as reformas", afirmou.
No fim, o tucano falou ter confiança em ir para o segundo turno, “possibilidade concreta e cada vez maior", segundo ele. "A curva da nossa candidatura é ascendente, eu nunca deixei de acreditar nisso. Sempre acreditei na consistência da nossa proposta, no nosso projeto, eu sempre fui a oposição a tudo isso", afirmou.

Levy Fidelix
Levy Fidelix (PRTB) afirmou, durante a entrevista coletiva, que não teve “intenção de ofender ninguém” ao ter se posicionado, no debate anterior, contrariamente ao casamento gay. “Houve um grande equivoco. Não houve da minha parte intenção de ofender ninguém, pelo contrário”, declarou.
Ele afirmou, contudo, que acredita ter ganhado votos com o episódio porque “as pessoas viram no homem, no pai, no avô, a pessoa sincera, de coração, que pensa pelo país”. O candidato ainda disse que “o povo viu que não apontei nada contra ninguém” e destacou que a Constituição Federal o garante o direito à livre expressão. “A democracia saiu fortalecida”, completou.
Questionado sobre o que faria caso tivesse um filho ou uma filha gay, Levy Fidelix respondeu: “eu não tenho, graças a Deus”.

Dilma Rousseff
Na entrevista após o debate, Dilma Rousseff (PT) foi questionada sobre proposta de Marina de criar 13º pagamento no Bolsa Família. Respondeu que qualquer política pública tem que ser feita com "seriedade e responsabilidade". "Tem que conhecer as bases que fundamental aquela política. Bolsa família não é simples. Eu acredito que um programa como Bolsa Família não pode ser programa piloto", afirmou.

Ela também reforçou propostas contra corrupção, como a de tornar caixa 2 crime eleitoral, dar estrutura nos tribunais superiores para investigar autoridades com foro privilegiado e tornar crime todas as ações de servidores que resultarem em enriquecimento sem origem definida.
Depois, disse ser fundamental para o Brasil manter relação próxima com países da América do Sul, dizendo ser importante reforçar o Mercosul, a Unisul e a Celac. “Brasil defende relações multilaterais, acordos os mais diversificados possíveis”, após mencionar África, países do Brics,

Eduardo Jorge
Eduardo Jorge (PV) disse na entrevista pós-debate que a ocupação de ministérios e órgãos públicos com cargos políticos "leva consigo a desorganização". Ele citou o loteamento de cargos em estatais como um problema que favorece a corrupção, classificada de "problema estrutural". Defendeu que a cúpula das estatais tenha ligação com o governo, mas os demais cargos sejam preenchidos por seleção pública, não por indicação política.
Negou que já tenho fumado maconha ou mesmo cigarro. "Nunca precisei", dizendo ter preocupação em manter a saúde.

Ao final, disse que só após o primeiro turno dirá quem deve apoiar no segundo. Disse que, diferentemente de 2010, nestas eleições o PV não ficará neutro na segunda etapa da disputa.

Pastor Everaldo
Em entrevista, Pastor Everaldo (PSC) reiterou propostas de enxugamento da máquina pública, com diminuição do número de ministérios, redução do Estado para o “mínimo necessário” e privatizações, inclusive da Petrobras, a fim de combater a corrupção.
“Quando falei da privatização da Petrobras, ficaram estarrecidos, mas hoje estão comprovados escândalos. Nunca antes na história do país um diretor da Petrobras usou uma tornozeleira eletrônica para não fugir, porque só ele hoje está devolvendo R$ 70 milhões que foram subtraídos do nosso imposto”, declarou.

Pastor Everaldo negou que tenha havido uma combinação prévia com o PSDB para priorizar Aécio Neves no debate, já que ele teve duas oportunidades de dirigir pergunta a Dilma Rousseff, mas preferiu o tucano. “Temos a liberdade de perguntar a quem acharmos melhor”, disse.

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