quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Municípios do Vale do Jequitinhonha lideram desmatamento da Mata Atlântica em Minas

No Vale do Jequitinhonha, os campeões de desmatamento são 
os municípios de Ponto dos Volantes e Jequitinhonha. Novo 
Cruzeiro, Curral de Dentro e Itinga também são citados. 
As áreas desmatadas serviram para o plantio de eucalipto.
Foto: arquivoCidades do Vale do Jequitinhonha lideram desmatamento da Mata Atlântica em MG
Em Jequitinhonha, foram desmatados 8.685 hectares de Mata Atlântica, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica.

A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) lançaram  nesta quarta-feira (17/12) os dados mais recentes sobre a situação dos 3.429 municípios da Mata Atlântica, com um ranking encabeçado por cidades do Piauí e Minas Gerais.
 Dois municípios do estado encabeçam a lista dos que mais destruíram a Mata Atlântica na última década, de acordo com os dados da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que pesquisaram os 3.429 municípios situados no bioma. 
O estudo apresenta dados consolidados dos últimos 13 anos.
Conforme a publicação, o município de de Jequitinhonha foi a campeã de desmatamento entre 2000 e 2013, com 8.685 hectares.
Em segundo lugar, está a cidade de Águas Vermelhas, no norte de Minas Gerais, que desmatou 6.231 hectares de Mata Atlântica.
A lista é composta por 10 municípios brasileiros e ainda conta com uma terceira cidade mineira: Ponto dos Volantes, no Vale do Jequitinhonha. Ela aparece em sexto lugar, com 5.398 hectares de vegetação destruídos nos últimos 13 anos. 
Além de Águas Vermelhas e Ponto dos Volantes, as cidades de Itinga, Curral de Dentro e Novo Cruzeiro, que ficam nas regiões dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, aparecem no cálculo das perdas da Mata Atlântica entre 2012 e 2013.
  
Falsificação de dados
  
O ex-servidor do Instituto Estadual de Florestas (IEF) João Rossini Aguilar da Silva foi denunciado, em junho desse ano, pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por falsificar pelo menos 23 laudos ambientais, o que causou o desmatamento de mais de 6.000 hectares da Mata Atlântica na região do Jequitinhonha.
  
A denúncia foi ajuizada por meio da Promotoria de Justiça de Jequitinhonha, e ele pode ter que pagar uma multa de R$ 25 milhões.
  
O ex-servidor do IEF elaborou laudos contendo informações inverídicas, afirmando que o local possuía áreas ocupadas, degradadas e vegetação com pouco relevo, mas na verdade a área estava em estágio médio e avançado de regeneração.

 Com a denúncia, as ações contra o ex-servidor do IEF pedem condenação criminal, suspensão dos direitos políticos, proibição de contratar ou receber benefícios do Estado e multa no valor igual a duas vezes o dano causado pelo desmatamento, o que ultrapassa R$ 25 milhões.
A assessoria do  Instituto Estadual de Florestas (IEF) se posicionou sobre o assunto e informou que João Rossini Aguilar da Silva foi exonerado dos quadros da Instituição no dia 28 de outubro de 2011.
 Este ano é a  quinta vez que Minas lidera o ranking de desmatamento da Mata Atlântica, registrando mais de 8 mil hectares de áreas destruídas.

 No Vale do Jequitinhonha, os campeões de desmatamento são os municípios de Ponto dos olantes e Jequitinhonha. As áreas desmatadas serviram para o plantio de eucalipto.
 De acordo com o levantamento, cinco dos 10 municípios que mais desmataram a Mata Atlântica no Brasil no período 2012-2013 ficam em Minas Gerais – Estado que liderou o ranking do desmatamento por 5 anos consecutivos, conforme divulgado em maio pela SOS Mata Atlântica e pelo INPE.
No Piauí, a cidade de Alvorada do Gurguéia desmatou 2.491 ha no mesmo período, o que a coloca em 2º lugar no ranking nacional.
O Estado, porém, também possui os dois municípios mais conservados do Brasil (Tamboril do Piauí e Guaribas), ambos com 96% de vegetação natural, que abrigam parte do Parque Nacional da Serra das Confusões, uma importante Unidade de Conservação da região.
Planos municipais da Mata Atlântica
  
Os municípios têm de fazer sua parte na proteção da floresta mais ameaçada do Brasil e uma das principais formas de contribuir é através da elaboração e implementação dos Planos Municipais da Mata Atlântica.
Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, explica que o plano traz benefícios para a gestão ambiental e o planejamento do município. 
07/12/2014 -Fonte: SOS Mata Atlântica
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17/12/2014 - 15:12 - Fonte: SOS Mata Atlântica



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