terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Adolescente de Itinga tenta na Justiça o direito de cursar Medicina

Sem concluir o ensino médio, ele conseguiu uma boa pontuação no último Enem que lhe garante o direito de ingressar no curso na Universidade Federal do Mato Grosso (IFMT)

Foto: Álbum de famíliaAdolescente de Itinga tenta na Justiça o direito de cursar Medicina
Juan Rodrigues , de 17 anos, é aluno do ensino médio do IFNMG- campus Araçuai
Residente no município de Itinga, no Vale do Jequitinhonha, o estudante  Juan Rodrigues Oliveira Gusmão , 17 anos,  sempre estudou em escola pública e nunca teve problemas com notas.

Em 20013, quando ainda cursava o  1º ano do ensino médio, o adolescente resolveu fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e conseguiu uma nota tão boa  que garantiria a ele,  uma vaga nos cursos de engenharia,nas federais UFMG e UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto), porém,  não tentou se matricular pois  o sonho dele era cursar  medicina.

 Aluno do IFNMG,- Instituto Federal Norte Mineiro, Campus Araçuai-   onde  foi aprovado em primeiro lugar para o ensino médio integrado em informática, Juan sai de casa todos os dias às 5 da manhã  e  percorre cerca de 42 km para chegar até a escola e só retorna às 19 hs.

Ano passado ele voltou a fazer o Enem.  A boa pontuação alcançada por Juan,  pôde garantir  a ele  uma vaga em um curso superior em universidades que aceitam a nota do Enem.


O estudante decidiu tentar a matrícula para o curso de Medicina da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), na cidade de Sinop.

Como ainda não concluiu o ensino médio, foi barrado na hora de fazer a matrícula.  Para conseguir realizar o sonho do garoto, a família entrou com mandado de segurança na Justiça, e agora aguarda decisão do Juiz.

A mãe de Juan, Sueli Rodrigues Oliveira Mendes,  conta que o curriculo escolar do filho sempre foi um orgulho. “  Morei por 10 anos em Portugal, onde ele viveu por 3 anos. Ele  tem fluência em inglês e  francês e já participou de vários eventos científicos , como por exemplo a Olimpíada Brasileira de Robótica”, conta a mãe.

 “Sei que não depende de mim, fiz minha parte mas,  dependo da decisão do juiz que acredito que seja favorável. Minha vida profissional esta nas mãos dele já que estamos a espera para a mudança. Não joguei na sorte mas,  sei que as oportunidades  devem ser aproveitadas e é o que desejo fazer” conclui Juan.

Juan e a mãe Sueli Rodrigues.
Juan e a mãe Sueli Rodrigues. 
Na Justiça

Há outros casos como o de Juan em julgamento na Justiça .Com apenas 13 anos, o morador de Barreiras, oeste baiano, Felipe Mota dos Santos, passou no curso de Engenharia da Computação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

 Ele conquistou 669,32 no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), maior que a nota de corte determinada pela universidade. Agora, o menino que ainda nem começou a cursar o ensino médio busca na Justiça o direito de garantir a vaga no ensino superior.

Para os advogados ouvidos pela reportagem ,  é difícil saber se  Juan e Felipe  conseguirão êxito no pedido feito à Justiça. "Depende da interpretação do juiz que for analisar o processo. Alguns são favoráveis aos estudantes, alegando que, por terem sido aprovados no vestibular, eles já estão preparados para entrar na universidade. Outros seguem à risca o que diz a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB)  e afirmam ser necessário o aluno passar três anos no ensino médio", explicam os advogados.


“ Minha expectativa é que a decisão seja favorável”, acredita Juan

Fonte: Gazeta de Araçuaí

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