Está em curso um movimento político, 

jurídico-policial e midiático para 

derrubada da presidenta Dilma. 

Manifesto em defesa da legalidade

Atualizado às 22:10, de 20.02.2015, no site jornalggn.com.br

É hora de encarar os fatos: há uma conspiração em marcha para desestabilizar
o governo, ainda que à custa da desorganização da economia.
Não dá mais para tapar o sol com a peneira. É uma conjunção muito grande
de fatores:

1. A cobertura enviesada da mídia em cima de vazamentos seletivos da
Operação Lava a Jato. Conseguiram transformar até a Swissleaks em
Operação Lava a Jato;
2. O comportamento do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot,
tratando o crime de vazamento de informações como se fosse uma ocorrência
normal;
3.As declarações sincronizadas da mídia, Joaquim Barbosa e Sérgio Moro,
procurando manietar o já inerte Ministro da Justiça;
4. A visita de procuradores ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a
pretexto de colaborar com as investigações contra a Petrobrás;
5. Finalmente, a decisão do Ministério Público Federal, de agora há pouco, de
dar o golpe final contra as empreiteiras da Lava a Jato, inviabilizando-as
definitivamente.
Não tem lógica alegar estrito cumprimento da lei para liquidar com as
empresas. Nem o mais empedernido burocrata ficaria insensível aos efeitos 
dessa quebra sobre a economia brasileira, sobre empregos e sobre o 
crescimento.

Qualquer agente público minimamente responsável trataria de
apurar responsabilidades e punir duramente as pessoas físicas
responsáveis, evitando afetar as empresas, ainda mais sabendo 
dos desdobramentos  sobre a economia como um todo.

Só intenções políticas obscuras para justificar essa marcha da insensatez.

PS - Alo, presidente Dilma Rousseff. Esqueça essa preocupação sobre se
as pessoas vão ou não duvidar da sua honestidade. Ninguém duvida dela.
Eles não estão atrás da sua reputação: estão atrás do seu cargo. Acorde!

PS 2 - Fonte bem relacionada com a Procuradoria Geral da República
esclarece que a ida de Janot aos Estados Unidos visou impedir excesso de 
declarações da força tarefa. Não os impediu de ir mas foi junto para que, 
na condição de autoridade maior, pudesse centralizar as declarações e 
impedir excessos.

Abaixo, manifesto de personalidades contra o jogo político em andamento.

Manifesto: O QUE ESTÁ EM JOGO AGORA


A chamada Operação Lava Jato, a partir da apuração de malfeitos na
Petrobras, desencadeou um processo político que coloca em risco
conquistas da nossa soberania e a própria democracia.

Com efeito, há uma campanha para esvaziar a Petrobras, a única das
grandes empresas de petróleo a ter RESERVAS e produção
continuamente aumentadas.

Além disso, vem a proposta de entregar o pré-sal às empresas
estrangeiras, restabelecendo o regime de concessão, alterado pelo
atual regime de partilha, que dá à Petrobras o monopólio do 
conhecimento da exploração e produção de petróleo em águas 
ultraprofundas. 
Essa situação tem lhe valido a conquista dos principais prêmios em 
congressos internacionais.

Está à vista de todos a voracidade com que interesses geopolíticos
dominantes buscam o controle do petróleo no mundo, inclusive 
através de intervenções
militares.

Entre nós, esses interesses parecem encontrar eco em uma certa mídia
a eles subserviente e em parlamentares com eles alinhados. Debilitada
a Petrobras,âncora do nosso desenvolvimento científico, tecnológico e 
industrial, serão dizimadas empresas aqui instaladas, responsáveis por
 mais de 500.000 empregos qualificados, remetendo-nos uma vez 
mais a uma condição subalterna e colonial.

Por outro lado, esses mesmos setores estimulam o desgaste do
Governo legitimamente eleito, com vista a abreviar o seu mandato.
Para tanto, não hesitam em atropelar o Estado de Direito democrático, 
ao usarem, com estardalhaço, informações parciais e preliminares do 
Judiciário, da Polícia Federal, do Ministério Público e da própria mídia, 
na busca de uma comoção nacional que lhes permita alcançar seus 
objetivos, antinacionais e antidemocráticos.

O Brasil viveu, em 1964, uma experiência da mesma natureza. Custou-nos
um longo período de trevas e de arbítrio. Trata-se agora de evitar sua
repetição. Conclamamos as forças vivas da Nação a cerrarem fileiras, em
uma ampla aliança nacional, acima de interesses partidários ou ideológicos,
em torno da democracia e da Petrobras, o nosso principal símbolo de
soberania.

20 de fevereiro de 2015

Alberto Passos Guimarães Filho
Aldo Arantes
Ana Maria Costa
Ana Tereza Pereira
Cândido Mendes
Carlos Medeiros
Carlos Moura
Claudius Ceccon
Celso Amorim
Celso Pinto de Melo
D. Demetrio Valentini
Emir Sader
Ennio Candotti
Fabio Konder Comparato
Franklin Martins
Jether Ramalho
José Noronha
Ivone Gebara
João Pedro Stédile
José Jofilly
José Luiz Fiori
José Paulo Sepúlveda Pertence
Ladislau Dowbor
Leonardo Boff
Ligia Bahia
Lucia Ribeiro
Luiz Alberto Gomez de Souza
Luiz Pinguelli Rosa
Magali do Nascimento Cunha
Marcelo Timotheo da Costa
Marco Antonio Raupp
Maria Clara Bingemer
Maria da Conceição Tavares
Maria Helena Arrochelas
Maria José Sousa dos Santos
Marilena Chauí
Marilene Correa
Otavio Alves Velho
Paulo José
Reinaldo Guimarães
Ricardo Bielschowsky
Roberto Amaral
Samuel Pinheiro Guimarães
Sergio Mascarenhas
Sergio Rezende
Silvio Tendler
Sonia Fleury
Waldir Pires