sábado, 18 de abril de 2015

Em maio, UFVJM elege novo Reitor

Quatro chapas disputam a nova gestão da UFVJM, 

com eleição marcada para o dia 11 de maio.



A UFVJM - Universidade Federal do Vales do Jequitinhonha e Mucuri eestá realizando um processo eleitoral para escolher um novo Reitor para o quadriênio 2015-2019.

A eleição será  realizada no dia 11.05.15, domingo, de 9 às 21 horas.

Participarão como eleitores os mais de 8 mil estudantes matriculados, cerca de 900 professores e 700 técnico-administrativos, com paridade entre os segmentos. Ou seja, o peso dos votos será de 33,3% para cada segmento. São cerca de 10 mil eleitores, um universo maior que a maioria dos municípios do Vale do Jequitinhonha. 

A UFVJM possui 53 cursos em 4 campis em Diamantina, Teófilo Otoni, Janaúba e Unaí e diversos polos de ensino à distância em Águas Formosas, Nanuque e Teófilo Otoni (Mucuri); Almenara, Diamantina, Minas Novas, Padre Paraísp, Taiobeiras e Turmalina ( Jequitinhonha) e Januária (norte de Minas). 

O orçamento da UFVJM não é muito claro,  tendo pouca transparência no seu planejamento e na sua execução. Para se ter uma idéia, em 2011, o orçamento era de cerca de R$ 170 milhões ( quase 3 vezes o orçamento da prefeitura de Diamantina), com diversas obras paralisadas. 

O Ministério Público Federal , de Sete Lagoas, informou, em março de 2014, que "a UFVJM contou, nos últimos nove anos, com orçamento total superior a 800 milhões de reais, tendo liquidado cerca de R$ 640 milhões. Além do uso dos recursos em atividades de custeio e para a ampliação dos vários campi – reformas e construção de prédios, compra de equipamentos e material -, as verbas também são empregadas em atividades acadêmicas, como os projetos de pesquisa".  E constatou que não existia nenhuma estrutura de Controle Interno, ficando tudo sob controle da Reitoria.

Candidatos ligado ao reitor Pedro Ângelo, Donaldo Rosa e Alexandre Christófaro, falam em abrir a "caixa preta". Estudantes e servidores desconfiam, pois eles próprios participaram da gestão de 2007-2015. Donaldo, como vice-reitor. e Christófaro como Pró-reitor de Pesquisas e Pós-graduação.

Quatro chapas fizeram sua inscrição, todas apresentando alguma proposta de mudança em relação ao estilo de gestão centralizador e autoritário implantado pelo atual Reitor Pedro Ângelo, no período de 2007-2015.



As chapas inscritas foram as seguintes:
  
Chapa 1 - Reitor: Tânia Regina Riul e Vice-Reitor: Santúsia Nunes Rabelo
Chapa 2 - “UFVJM Presente: tempo de diálogo e concretização” - Reitor: Donaldo Rosa Pires Júnior e Vice-Reitor: Maria de Lourdes Santos Ferreira
Chapa 3 - “Novos tempos” - Reitor: Gilciano Saraiva Nogueira e Vice-Reitor: Cláudio Eduardo Rodrigues
Chapa 4 - “Dialogar para Integrar”- Reitor: Alexandre Christófaro Silva e Vice-Reitor: Carlos Henrique Alexandrino.

A Comissão Eleitoral de Consulta à Comunidade Universitária promoveu um debate entre os candidatos , no dia 17 de abril, no Anfiteatro do Campus I.

Duas chapas são de situação, continuidade, ou com mudanças moderadas. A chapa 2, de Donaldo, atual vice-reitor; e a 4, de Alexandre Cristhofaro, atual pró-reitor de Pesquisas e Pós-graduação. O reitor Pedro Ângelo diz não apoiar esta ou aquela chapa, mas faz articulações, nos bastidores para o candidato Alexandre Chistófaro.

Duas chapas são de oposição. A chapa 1 é ligada aos sindicalistas, coordenada por Tânia Regina Riul. A chapa 3 é comandada pelo professor Gilciano Saraiva Nogueira, Diretor da Ciências Agrárias, e Claúdio Eduardo Rodrigues, coordenador do Campus Mucuri

A chapa com uma proposta mais aberta que pretende transformar a UFVJM em uma grande universidadem voltada para incrementar o desenvolvimento sustentável  dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri é a chapa 3.  Esta chapa tem uma proposta de Planejamento Estratégico Institucional para 50 anos, procurando estruturar os campus existentes: Diamantina, Teófilo Otoni, Janaúba e Unaí, além de compromisso com a expansão universitária, dentro das condições orçamentarárias da Universidade.

A chapa 3 faz um debate qualificado, propondo uma gestão compartilhada, com os diversos setores da própria Universidade, além de estabelecer relações institucionais de parcerias com outras instituições públicas da região, empresas privadas e organizações sociais. 

Pesquisa internas realizadas, sem publicação oficial, inferem que a chapa 3 terá em torno de 37%; as chapas 2 e 4, 18% cada uma; a chapa 1, 3%, e o restante do eleitorado ainda não se definiu. 

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