sexta-feira, 3 de julho de 2015

DIAMANTINA: Policia Federal tenta coibir extração ilegal de pedras preciosas

Operação cumpriu mandados de prisão e de busca em Minas e em Roraima

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A BUSCA PELO OURO
Relembre. Em 2012, O TEMPO mostrou que atividade ilegal estava em expansão, com danos ao rio
PUBLICADO EM 30/06/15 - 22h00 
As águas escuras e o processo erosivo no curso do rio Jequitinhonha expõem um problema que há anos segue sem solução em Minas: a extração clandestina de pedras preciosas. Em Diamantina, no Alto Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais, a atividade que deu origem ao município ainda atrai centenas de familiares de garimpeiros que herdaram a tradição, desempregados em busca de um ‘ganha-pão’ e também gente que vem de fora com o sonho de riqueza. Mas a caça ao diamante envolve um esquema muito maior, com participação de empresários e também de estrangeiros no comércio internacional de minerais.
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 30.06, a operação Montanha Fria, com quatro mandados de busca e apreensão em Diamantina e três em Boa Vista (RR). Os detalhes da investigação são mantidos em sigilo, segundo a Justiça Federal. O que a PF revelou é que a ação teve o objetivo de combater a “usurpação, aquisição e comercialização/exportação de recursos minerais de origem ilícita em Minas Gerais”.
“Trata-se de investigação para apurar a atuação de um grupo de pessoas, com participação de estrangeiros, envolvido em práticas de origem ilícita, em especial pedras de diamantes”, informou a Polícia Federal, em nota.
Al-Qaeda. Neste mês, a PF e o Ministério Público Federal (MPF) divulgaram outro esquema na cidade de Salgadinho, no sertão da Paraíba, que envolvia empresários do Brasil e compradores estrangeiros, entre eles um homem do Afeganistão suspeito de integrar um dos principais grupos terroristas do mundo, a Al-Qaeda.
Por lá, a prática envolvia a exploração da pedra turmalina paraíba, que, após extração, seguia para Parelhas (RN), onde ganhava certificado de licença de exploração, e, posteriormente, para Governador Valadares, no Rio Doce, de onde era vendida e exportada para países como China e Estados Unidos.
No dia 23.06, a Polícia Militar (PM) também prendeu 12 pessoas por extração ilegal de diamantes na área conhecida como Areinha, perto de Diamantina, onde o garimpo clandestino é conhecido há tempos. Em 2012, a reportagem de O TEMPO foi até a região e mostrou que a atividade ilegal estava em plena expansão, com sérios danos provocados no Jequitinhonha e falta de soluções e fiscalização.
 Sem resposta
FiscalizaçãoA Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento informou que não teve participação na investigação da PF e não revelou dados de fiscalizações nos últimos anos.
Fonte: OTEMPO

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