sábado, 17 de outubro de 2015

Estado investirá recursos para identificar terras de povos tradicionais

Anúncio foi feito pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário durante posse da Comissão Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais de Minas Gerais.

Divulgação/Seda
Solenidade de posse da Comissão Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais de Minas Gerais reuniu representantes dos 17 povos reconhecidos como tal na Cidade Administrativa
Solenidade de posse da Comissão Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais de Minas Gerais reuniu representantes dos 17 povos reconhecidos como tal na Cidade Administrativa
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A população que vive às margens do Rio São Francisco será beneficiada com projeto do Governo de Minas Gerais que prevê investimentos para identificação de terras ocupadas por povos e comunidades tradicionais.
De acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Agrário, Glenio Martins, na próxima semana, a Seda vai assinar Termo de Cooperação Técnica com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e com a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) para desenvolver a ação.
“Vamos investir recursos do Estado para a elaboração técnica de laudos antropológicos para que as áreas sejam destinadas às comunidades tradicionais à margem do Rio São Francisco”, diz Glenio Martins.
O anúncio foi feito durante a cerimônia de posse dos 34 membros da sociedade civil, entre titulares e suplentes, da Comissão Estadual de Povos e Comunidades Tradicionaisde Minas Gerais (CEPCT-MG), realizada na tarde de quarta-feira (14/10), no Auditório JK da Cidade Administrativa.
A comissão, constituída durante a I Encontro Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais, que acontece na Colônia de Férias Syla Veloso do Sesc Venda Nova, está prevista pela Lei 21.147/14.
“A instituição da comissão é fundamental para acompanhar e monitorar a execução do Plano Estadual para o Desenvolvimento Sustentável desses povos no estado”, afirma Glenio Martins.
Pela lei, povos e comunidades tradicionais são os grupos culturalmente diferenciados que se reconhecem como tais e possuem formas próprias de organização social, ocupando territórios e utilizando recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica e aplicando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição.
Hoje, em Minas Gerais, já são reconhecidas 17 comunidades e povos tradicionais: apanhadores de flores sempre viva, artesãos do barro e tecelãs, catingueiros, ciganos, congadeiros, extrativistas, faiscadores, garimpeiros, geraizeros, indígenas, pescadores artesanais, além de povos de circo, povos de terreiros, quilombolas, ribeirinhos, vazanteiros e veredeiros.
Atribuições
Conforme prevê a legislação, o mandato dos integrantes da CEPCT-MG será de dois anos, renováveis uma vez por igual período. Caberá à comissão propor as ações necessárias para a articulação, execução e consolidação das políticas relevantes para o desenvolvimento sustentável dos PCTs, estimulando a descentralização da execução dessas ações e a participação da sociedade civil.
Sua estrutura será formada pelo Plenário, Secretaria Executiva, Câmaras Técnicas, Grupos de Trabalho e Grupo Técnico e de Assessoramento.
Antes da solenidade houve cortejo de grupos tradicionais liderados pelo grupo Tambolelê e a execução do Hino Nacional em Tupi-Guarani.
Também participaram da cerimônia o secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda, o secretário especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos da Presidência da República, Ronaldo Crispim Sena Barros, o procurador chefe da Procuradoria da República em Minas Gerais do Ministério Público Federal, Bruno Nominato de Oliveira, o deputado estadual Paulo Lamac, entre outras autoridades.

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